São Paulo, quarta-feira, 05 de outubro de 2011

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VAIVÉM

MAURO ZAFALON - mauro.zafalon@uol.com.br

Perspectiva de boa safra aumenta venda de colheitadeiras neste ano

As vendas de colheitadeiras se mantêm mais aquecidas neste ano do que no anterior. Até setembro, as indústrias colocaram 3.270 unidades na rede revendedora, número 9% superior ao de igual período de 2010, conforme estimativas do setor. O aumento de vendas se deve à boa evolução da safra que se encerrou e às perspectivas de volume ainda maior na próxima, cujo plantio já está sendo iniciado.
Os bons preços da safra anterior deixaram o produtor mais capitalizado, e as perspectivas para a próxima safra, apesar do cenário econômico externo, não devem ser menos favoráveis. Acreditando na continuidade de preços superiores aos dos gastos de produção, os produtores brasileiros vão elevar a área de plantio de soja e de milho, dois dos produtos que mais demandam colheitadeiras.
Já a venda de tratores, após o bom desempenho em 2010, devido aos programas de apoio governamental, sofre retração neste ano. A produção acumulada do ano soma 40,9 mil unidades, 10% menos do que em 2010. No mês passado foram vendidas 4.891 unidades. A Argentina segue a tendência do Brasil. As vendas de colheitadeiras subiram 45%, para 693 unidades no ano. A de tratores caiu 37%.

Efeito crise O mercado de soja, milho e trigo deverá manter tendência de baixa nos próximos dias devido ao agravamento da crise europeia, o que provoca a redução de compras naquele continente e aumento da oferta no mercado interno.

À espera do Usda Com isso, algumas empresas saíram do mercado. O cenário ficará mais definido com a divulgação do relatório mensal de produção e estoque, na próxima semana, pelo Usda (Departamento de Agricultura dos EUA).

Tendência O relatório norte-americano deverá indicar a tendência mundial para a safra 2011/12, segundo José Dias, da Coopermota, de Cândido Mota (SP).

Algodão A Louis Dreyfus Commodities adquiriu a unidade de processamento de caroço de algodão do Grupo Maeda, controlada pela Brasil Ecodiesel. O investimento é de R$ 40 milhões, e a empresa passa a ter 12% do mercado e processamento de 300 mil toneladas por ano.

Café vai demandar grande investimento, diz produtor

Não está fácil avaliar o mercado de café no momento. Os preços são determinados pelos fundamentos de escassez de oferta, mas podem ser influenciados também por componentes como os efeitos da crise grega e a aflição geral dos consumidores. Ao longo do tempo, no entanto, "a escassez vai acabar fazendo o preço". A avaliação é do produtor Luiz Hafers.
A grande questão, segundo ele, são os próximos 20 anos. "Tudo indica que vamos precisar de mais 30 milhões de sacas por ano." O Brasil será um dos países onde a produção crescerá. O problema são os investimentos que serão exigidos. A expansão não se dará na lavoura tradicional, que depende de muita mão de obra, cada vez mais escassa.

Com THIAGO FERNANDES


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