CAROLINA MATOS
DE SÃO PAULO

Embora tenha reduzido os investimentos destinados ao setor das refinarias, a Petrobras projeta que a capacidade brasileira de produzir derivados de petróleo se aproxime da demanda em 2020.
São produtos desse tipo itens como gasolina, diesel e querosene de aviação.
José Sergio Gabrielli, presidente da empresa, disse ontem em São Paulo que, atualmente, 5% da demanda interna de derivados de petróleo é suprida por importações. E, sem a ampliação do parque de refino, essa parcela passaria para 40% em 2020.
"Não é possível aceitar uma situação dessas. É preciso viabilizar investimentos", afirmou Gabrielli.
De acordo com o executivo, a Petrobras vai destinar 50% das aplicações em refinarias para construir novas unidades e 50% para melhorar as já existentes.
Gabrielli destacou ainda que, de 1980 a 2008, não foram feitos investimentos em refinarias no país.
Com os previstos agora, a estimativa é que a capacidade brasileira de produção de derivados passe de 1,8 milhão de barris/dia em 2011 (para um consumo de 2,2 milhões de barris) a 3,2 milhões de barris em 2020 (com consumo de 3,3 milhões de barris).
Pelo plano atual (período 2011-15), a Petrobras vai destinar a refino, transporte e comercialização 31% dos investimentos, de US$ 224,7 bilhões. No anterior (2010-14), eram 33% de US$ 224 bilhões.


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