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Vice dos EUA fará viagem ao Brasil no fim de maio
Visita de Joe Biden sucede passagem de Obama por México e Costa Rica
Vice-presidente diz que 'interação política de alto nível' entre EUA e América Latina será a maior em muitos anos
O vice-presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, anunciou ontem que fará uma visita ao Brasil na semana de 26 de maio, em uma viagem que inclui Colômbia e Trinidad e Tobago.
Na Conferência das Américas, evento promovido pelo Departamento de Estado e pelo Conselho das Américas, Biden afirmou que irá com a mulher, Jill Biden, aos três países. Disse ainda que os presidentes do Chile, Sebastian Piñera, e do Peru, Ollanta Humala, visitarão a Casa Branca no mês de junho.
"Nos próximos meses, teremos a maior atividade de interação política de alto nivel entre EUA e América Latina em muitos anos", disse o vice-presidente, que deve se encontrar com a presidente Dilma Rousseff e com o vice brasileiro, Michel Temer.
"São muitas oportunidades, e achamos possível fazer muito mais", acrescentou.
A viagem sucede a visita de três dias do presidente Barack Obama ao México e à Costa Rica na semana passada, em que o presidente americano disse que as relações não deveriam se focar apenas em segurança e tráfico de drogas, mas priorizar o comércio, os investimentos e a cooperação na área educativa.
"Nós temos que abandonar velhos estereótipos e promover a integração econômica", discursou Obama.
O secretário de Estado, John Kerry, planejava uma visita ao Brasil em abril, mas ela foi adiada após os atentados em Boston, sua cidade, que mataram três pessoas.
Espera-se no segundo semestre a confirmação de uma visita de Estado de Dilma aos EUA, a primeira de um presidente do Brasil com esse status desde a de Fernando Henrique Cardoso, em 1995.
Biden, 70, conhecido pelo sorriso largo e por frequentes gafes verbais, é um dos nomes citados para a sucessão de Obama, junto com Hillary Clinton, em 2016. Foi por 36 anos senador pelo Estado de Delaware, reeleito seis vezes, e presidiu a Comissão de Relações Exteriores do Senado.
No ano passado, ele já tinha visitado o México e Honduras, mas sua visita estava mais focada em discussões sobre segurança e tráfico.
A gestão democrata na Casa Branca tenta aprovar uma reforma da imigração, que avança a passos lentos no Congresso. O projeto, bipartidário, oferece um caminho para a cidadania para muitos dos 11 milhões de imigrantes ilegais nos EUA --boa parte de países latino-americanos.