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Egito tem 49 mortos em aniversário de três anos de levante
Choques foram iniciados anteontem; país anuncia que eleições presidenciais serão antes das parlamentares
Com popularidade crescente, general Abdel Fattah al-Sisi não confirma se irá se candidatar ao cargo
Depois de conflitos que deixaram ao menos 49 mortos em 24 horas, o presidente interino do Egito, Adly Mansur, anunciou que o país terá eleições presidenciais antes das parlamentares, invertendo calendário anterior.
Em uma aparição na TV, ele disse que vai pedir à comissão eleitoral o início do registro de candidatos. Com crescente popularidade, o general Abdel Fattah al-Sisi, chefe do Exército, não confirmou sua candidatura.
O presidente interino, apoiado pelo Exército, acrescentou que o "terrorismo" não vai abalar o processo de transição do país para uma democracia.
Confrontos marcaram, anteontem, três anos do início da revolução que derrubou o ditador Hosni Mubarak.
Simpatizantes do ex-presidente Mohammed Mursi, eleito após o fim da ditadura, tentaram chegar à praça Tahrir, no Cairo, mas foram impedidos pela polícia, que usou escopetas e gás lacrimogêneo. Mursi, ligado à Irmandade Muçulmana, está preso desde o ano passado, quando manifestações o depuseram.
Ao mesmo tempo, uma multidão de apoiadores do governo interino, ligado a militares, celebrava a revolução na praça Tahrir --exibindo cartazes com a imagem do general al-Sisi.
Três jornalistas espanhóis que trabalhavam no local, sendo dois funcionários da agência de notícias EFE, foram agredidos por manifestantes anteontem.
Eles foram acusados de difundir uma "falsa imagem" do país.