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Presidente egípcio nega interferir por libertação de jornalistas presos
Tribunal do país condenou três profissionais da rede Al Jazeera
O presidente do Egito, Abdel Fattah al-Sisi, disse nesta terça (24) que não vai interferir na decisão judicial que condenou três jornalistas da rede Al Jazeera à prisão.
"Nós temos que respeitar as decisões judiciais, mesmo que outros não entendam isso", disse ele em discurso na TV.
Os EUA e a Austrália pediram que Sisi perdoasse o australiano Peter Greste e os egípcios Mohamed Fahmy e Baher Mohamed, condenados de sete a dez anos de prisão. Eles foram acusados de apoiar a Irmandade Muçulmana --grupo rival de Sisi e que está proibido de atuar no país. A Al Jazeera negou as acusações.
Outros jornalistas que não moram no Egito também foram condenados. O julgamento foi criticado por outros países e por entidades de defesa da liberdade de imprensa.
Os três jornalistas foram presos em dezembro. Sisi liderou em julho de 2013 o golpe militar que derrubou o então presidente Mohammed Mursi. A Al Jazeera, crítica da ação, passou então a ser perseguida pelo regime.
AUSTERIDADE
Em seu discurso, Sisi também defendeu medidas de austeridade no país e anunciou que vai cortar pela metade seu próprio salário. Ele prometeu ainda doar metade de sua fortuna ao Estado.
O líder disse que se recusou a aprovar o Orçamento para o próximo ano porque o deficit previsto era muito grande. "Nós vamos revisar esse Orçamento, porque eu não posso aceitar algo que contém um deficit desse tamanho", afirmou. O deficit do país foi de 14% no último ano fiscal.