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Negociador de paz afegão é morto com tiro no peito Atentado em Cabul mina esforços de reconciliação do governo com Taleban Arsala Rahmani, 75, vivia sob proteção de serviço de inteligência afegão; Taleban nega a autoria do ataque
Arsala Rahmani, ex-ministro do Taleban que atuava como negociador de paz no Afeganistão, foi morto ontem com um tiro em Cabul. Segundo a polícia afegã, ele seguia de manhã para reunião com membros do governo sobre justiça e reconciliação quando foi assassinado. Rahmani, 75, foi morto dentro de seu carro por um atirador ainda não identificado. O criminoso fugiu após fazer um único disparo com um silenciador de dentro de um Toyota Corolla branco ao cruzar o carro de Rahmani. "Rahmani levou um tiro no peito e morreu na hora. Seu sobrinho, que estava dirigindo, nem sequer percebeu que ele tinha sido alvejado", afirmou à BBC o chefe de polícia de Cabul, Ayub Salangi. Suspeita-se que o ataque tenha sido planejado. O Taleban negou estar envolvido. "Negamos qualquer responsabilidade pelo assassinato de Rahmani", disse por telefone o porta-voz dos talebans afegãos, Zabiulá Mujahid. Rahmani já havia recebido ameaças de morte antes e vivia em Cabul sob proteção do serviço de inteligência do Afeganistão. No momento do atentado, porém, ele não estava, como de costume, acompanhado por guarda-costas armados. Membro do Alto Conselho da Paz do Afeganistão, Rahmani liderava as tentativas do governo de negociar um acordo de paz com o Taleban. Sua morte é tida como um grande golpe para os esforços de reconciliação do presidente Hamid Karzai, porque ele era o o principal contato com os comandantes do grupo fundamentalista. "Seu assassinato é uma grande perda", disse ao jornal "The New York Times" Muallawi Shafiullah Nuristani, membro do conselho de paz. "Vai afetar as negociações, porque ele tinha um papel importante como mediador e era uma pessoa de confiança do Taleban", afirmou. Ministro da Educação durante o governo Taleban, Rahmani teve seu nome retirado de lista de sanções da ONU -como prova de confiança. Atualmente, supervisionava o tratamento dos talebans presos no Afeganistão. Em setembro passado, Burhannudin Rabbani, líder do conselho, também foi morto, em ataque suicida. Texto Anterior | Próximo Texto | Índice | Comunicar Erros |
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