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Manifestação de sindicatos leva 50 mil às ruas em Buenos Aires

Ex-aliada do governo, central promete greve geral ainda em 2013

DE BUENOS AIRES

Cerca de 50 mil trabalhadores marcharam ontem até a praça de Maio, em Buenos Aires, para reivindicar melhorias em leis trabalhistas e criticar o governo federal.

O grupo que foi às ruas é uma dissidência da CTA (Central dos Trabalhadores da Argentina), segunda maior central sindical do país, mas teve apoio de parte da CGT (Confederação Geral do Trabalho), a maior agremiação.

O protesto começou pela manhã, com bloqueios de importantes vias de acesso ao centro portenho, e terminou com o discurso de Pablo Michetti, líder da organização.

Michetti atacou os outros grupos sindicais e convocou uma greve geral até o fim do ano, com data a ser definida.Ele declarou que tem apoio de Hugo Moyano -o mais importante líder sindical do país, rompido com a presidente Cristina Kirchner- à frente dos caminhoneiros.

O conflito entre sindicatos na Argentina começou desde que Cristina passou a privilegiar outros grupos. Tradicionais aliados do peronismo, os sindicalistas perderam espaço para o La Cámpora, grupo de jovens apoiadores da presidente que ocupam hoje altos cargos no governo.

Em Florencio Varela (província de Buenos Aires), um conflito entre sindicalistas terminou com sete feridos e cinco carros incendiados.

LEI DE MEIOS

Em ato no Museu do Bicentenário para comemorar os três anos da votação da Lei de Meios, Cristina disse que sua aplicação, prevista para 7 de dezembro, será equivalente a uma conquista de direitos humanos no país.

A lei restringe a atuação de grupos de mídia em distintas áreas e visa enfraquecer o Grupo Clarín, crítico de Cristina e definido pelo governo como "monopólio" por incluir TVs aberta e paga, rádio, internet e jornal impresso.

"A Lei de Meios é autêntica criação da sociedade. Não foi projeto do Poder Executivo, mas sim coletivo", declarou a presidente. Cristina disse ainda que, se o Clarín não obedecer, "o Estado se verá obrigado" a fazer concurso público para reacomodar suas licenças. (SYLVIA COLOMBO)

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