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Mais de 60 mil morreram na Síria, diz ONU

Para Navi Pillay, a alta comissária das Nações Unidas para os direitos humanos, nova estimativa é 'chocante'

Ataque do regime em Damasco destrói posto de gasolina e incinera quase 30 pessoas, na periferia da capital

DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS

Mais de 60 mil pessoas morreram durante a insurgência na Síria, iniciada em março de 2011, de acordo com um novo número divulgado ontem pelas Nações Unidas.

É uma escalada nas estimativas de mortos durante o conflito, que não dá sinais de arrefecer. A estimativa anterior apontava 20 mil baixas.

De acordo com Navi Pillay, alta comissária da ONU para direitos humanos, a estimativa de 59.648 mortos leva em conta o cruzamento de dados vindo de sete fontes, feito durante cinco meses de análise.

O número compreende o período entre 15 de março de 2011 e 30 de novembro de 2012. Desde então, estima a ONU, já deve ter passado os 60 mil.

"O número de mortes é muito maior do que esperávamos e é realmente chocante", afirmou ontem Pillay.

As informações não foram especificadas de acordo com a etnia da vítima ou a localização das mortes. Também não há uma divisão entre rebeldes, soldados ou civis.

A quantia de mortos anteriormente citada era a de ativistas baseados na Europa, que contavam 45 mil mortos. Mas eles já haviam divulgado, anteriormente, que a cifra deveria estar acima disso.

POSTO

Ontem, um ataque aéreo do regime destruiu um posto de gasolina nos subúrbios de Damasco. Motoristas foram incinerados, de acordo com ativistas, que estimam quase 30 mortos nesse incidente.

As informações não puderam ser verificadas pelas agências, já que o regime sírio restringe o trabalho de jornalistas. Vídeos feitos por ativistas, porém, mostram um homem carregando um corpo desmembrado e um outro homem entre chamas.

As pessoas estavam reunidas no posto porque, nos dias anteriores, havia ocorrido uma falta de gasolina na região, de acordo com ativistas.

Enquanto as forças leais ao ditador sírio Bashar Assad controlam o centro da capital, Damasco, insurgentes mantêm as regiões periféricas -frequentemente atingidas pelo ar, pelo regime.

A guerra civil da Síria é a mais longa e letal a ter surgido na onda de levantes que surgiram no mundo árabe, em 2011. Nesse país oriental, desenvolveu-se um forte elemento sectário, opondo alauitas (ramo do xiismo que controla o país) e sunitas.

IMPRENSA

A família do jornalista americano freelance James Foley, 39, divulgou ontem que ele está desaparecido na Síria desde que foi sequestrado, há seis semanas, por homens armados. Nenhum grupo já admitiu publicamente a autoria da captura.

Foley também havia sido capturado na Líbia, há dois anos, enquanto ele registrava a guerra civil desse país.

Segundo sua família, ele foi capturado no norte da Síria, em local próximo à vila de Taftanaz, em 22 de novembro. Ali, ele vinha contribuindo para a agência de notícias France Presse com vídeos.

A empresa afirmou, em nota, estar fazendo o que estáno alcance para libertá-lo.


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