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Refúgio é opção à "insuportável" Timbuktu

DO ENVIADO A SÉVARÉ

Uma barraca de 9 m2 em um campo poeirento é o domicílio da dona de casa Nana Touré, 45, e de outras cinco pessoas de sua família desde o ano passado.

Nana e os filhos fugiram de Timbuktu (norte do Mali), porque, segundo ela diz, a cidade ficou insuportável sob o domínio dos radicais islâmicos.

"Primeiro, entraram e quebraram minha televisão, porque era proibido. Depois, começaram a entrar em casa a qualquer hora e nos mandavam fazer coisas", contou Touré.

Agora, no campo de refugiados de Sévaré (a 640 km de Bamaco), ela passa o dia ouvindo num rádio de pilha informações do avanço das tropas francesas e africanas para saber quando vai voltar para casa.

O campo existe há nove meses, quando a fuga da população das cidades do norte começou. Atualmente, são 587 refugiados -79 deles têm menos de 5 anos.

A Defesa Civil local administra o campo. ONGs de serviço humanitário financiam a alimentação, medicamentos e a construção de instalações sanitárias.

Comparando com as favelas da cidade vizinha de Mopti, onde o lixo está por toda parte, o campo parece levar vantagem. Mas os refugiados só pensam em voltar para casa.

Com 1,70 m e uma cor de pele que faz lembrar a da atriz Camila Pitanga, Fatma Sissi, 18, despertou o interesse de um chefe de milícia em Gao, que queria levá-la. Ela preferiu fugir, mesmo deixando a família.

Ontem, com a confirmação de que os islamistas haviam sido expulsos de Gao, ela parecia exultante: "Só quero mesmo é voltar para casa logo".


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