São Paulo, terça-feira, 01 de julho de 2008

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POLEMISTA

Ayaan Hirsi critica leniência com islamismo

DA ENVIADA A PORTO ALEGRE

Célebre por suas críticas ao islã e jurada de morte por radicais, a ativista Ayaan Hirsi Ali atacou o relativismo moral do Ocidente em sua primeira visita ao Brasil, onde participa do seminário Fronteiras do Pensamento -ontem, Porto Alegre, e hoje em Salvador. É uma distorção da liberdade permitir a opressão de mulheres em nome do diversidade cultural ou religiosa, disse em entrevista coletiva.
"Se o respeito pela tradição e ou religião conflita com os direitos humanos, o indivíduo deve sempre vir antes", disse Ali, lembrando sua experiência de tradutora em campos de refugiados na Holanda. "A doutrina do multiculturalismo [de preservar a identidade dos imigrantes] é uma ilusão cruel."
A ex-parlamentar holandesa de origem somali, cujo livro mais recente "A virgem na jaula: um apelo à razão" (Companhia das Letras) acaba de ser lançado, considera o islã incompatível com a democracia.
"É claro que há muçulmanos bem integrados em sociedades democráticas", ponderou, ressalvando a distinção entre o indivíduo e o arcabouço moral islâmico. "Mas o islã como doutrina e sobretudo como política é incompatível com a herança iluminista e a teoria democrática secular". (CLARA FAGUNDES)


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