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IRAQUE SOB TUTELA
Motorista é solto
Mais dois turcos são seqüestrados no Iraque
DA REDAÇÃO
Extremistas iraquianos anunciaram ontem o seqüestro de
mais dois turcos e ameaçaram decapitá-los em 48 horas caso a
companhia na qual trabalham
não deixe o Iraque. É o último episódio da recente onda de seqüestros de estrangeiros no país -ao
menos sete motoristas estão em
poder dos insurgentes.
Ontem, um caminhoneiro turco foi solto após prometer aos
captores que não voltaria ao país.
Em vídeo transmitido pela rede
de TV Al Jazira, os grupos Jamaat
al Tawhid e Jihad, ligados ao jordaniano Abu Musab al Zarqawi,
que tem vínculos com a Al Qaeda,
exigiram que os empregadores
deixassem o Iraque. Havia três
homens armados e mascarados
diante de dois homens sentados
segurando diversas formas de
identificação -incluindo o que
pareciam ser passaportes turcos.
A Al Jazira identificou os dois
como motoristas de uma companhia turca que distribui comida às
forças americanas no país.
Mais de 70 estrangeiros foram
seqüestrados por insurgentes nos
últimos meses para forçar a retirada das forças e companhias estrangeiras do país. Muitos foram
mostrados em fitas de vídeo, e alguns foram decapitados.
Ontem à noite, ao menos seis
iraquianos morreram e 30 ficaram feridos como resultado de
novos bombardeios e combates
de forças norte-americanas e insurgentes na cidade sunita de Faluya, a oeste de Bagdá.
Recuo
A principal fonte de informação usada pelos EUA para acusar
o governo iraquiano de manter ligações com a Al Qaeda, um membro graduado da rede terrorista
preso após o 11 de Setembro, voltou atrás e desmentiu o suposto
vínculo "em algum momento no
ano passado", afirmaram funcionários dos serviços de inteligência
americanos citados pelo "New
York Times". Embora o recuo supostamente só tenha ocorrido depois que o presidente George W.
Bush usou o argumento para defender a necessidade de invadir o
Iraque em março de 2003, o episódio põe em xeque a credibilidade das fontes de informação usadas pelos EUA.
Com agências internacionais
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