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"Eu saí; minha filha ficou", diz professora mineira
DO ENVIADO A ST. PAUL
A professora universitária
mineira Andréa Labruna, 46,
que teve sua casa atingida por
uma árvore no furacão Katrina,
em 2005, deixou a região de
Nova Orleans no sábado e está
agora na Califórnia. Camila,
sua filha de 18 anos, continua
perto da costa da Louisiana, na
possível rota do Gustav.
"Ela faz universidade em Baton Rouge, e o prédio é bem
protegido, então a prefeitura
deixou que os estudantes continuassem em seus dormitórios.
Fiquei em pânico a princípio,
mas acho que seria mais perigoso para ela, que acabou de tirar habilitação de motorista,
pegar o carro e sair pelo país. A
decisão teve de ser tomada rapidamente", diz Andréa.
A professora está hospedada
em um hotel em San Francisco
e acompanha o noticiário com
atenção. "O risco de eu não ter
mais casa é muito grande. Depois do Katrina, fiquei um mês
sem luz, água e telefone, com o
telhado destruído, mas ao menos as paredes estavam em pé.
Temo que o Gustav seja ainda
mais forte", diz.
"O mais importante nessas
horas é buscar segurança. As
rodovias ficam perigosas com o
engarrafamento. Minha sogra
me ligou, está há cinco horas na
estrada e só andou 160 km. Ela
ia para o oeste, mas, como a rota do furacão mudou, os carros
mudaram o rumo para o norte."
Camila, que é estudante de
arquitetura, contou à mãe que
seus colegas na universidade
armazenaram água, comida em
lata e outros suprimentos, como lanternas, para se precaver
de privações.
(DB)
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