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PRECAUÇÃO
Ministério das Relações Exteriores afirma que há risco de ações terroristas em locais turísticos da Ásia e da África
Israel faz alerta sobre viagens ao exterior
DA REDAÇÃO
As autoridades israelenses lançaram ontem um alerta a seus cidadãos sobre o risco de ações terroristas em locais turísticos da
Ásia e da África.
Na quinta-feira, um atentado
duplo contra alvos israelenses
matou 16 pessoas em Mombaça
(Quênia), entre as quais três israelenses.
No mesmo dia, um carro-bomba foi lançado contra um hotel da
cidade queniana e dois mísseis foram disparados contra um avião
israelense que decolava com destino a Tel Aviv (Israel) com mais
de 270 pessoas a bordo.
O alerta foi emitido pelo Ministério das Relações Exteriores de
Israel e inclui países como Quênia, África do Sul, Etiópia, Eritréia
e Egito (todos na África), para onde viajam muitos turistas israelenses.
As autoridades recomendaram
que os israelenses se mantenham
discretos nesses países e evitem
andar em grupo nos hotéis, nos
restaurantes e em locais turísticos.
O alerta também pede que os israelenses evitem participar de discussões políticas.
Funcionários dos serviços de informação e de segurança de Israel
afirmaram que extremistas islâmicos vinculados à rede terrorista
Al Qaeda planejam cometer novos atentados contra locais turísticos frequentados por israelenses.
O grupo liderado pelo terrorista
saudita Osama bin Laden não assumiu que tenha ligações com o
ocorrido, mas especialistas dizem
que ataques sincronizados contra
alvos em mais de uma localidade
são característica da estrutura
profissional do terror da Al Qaeda.
Um oficial americano disse que
um grupo extremista islâmico da
Somália com vínculos com a Al
Qaeda, o Al Itihad al Islami (também conhecido como AIAI, ou
União Islâmica), encabeça a lista
de organizações suspeitas pelos
ataques.
O AIAI é bastante ativo na região do chifre da África e seria responsável por atentados a bomba
realizados em 1996 e 1997 em Adis
Abeba (Etiópia).
Um grupo até então desconhecido, auto-intitulado "Exército da
Palestina", assumiu a autoria do
duplo atentado no Quênia. Não
houve, porém, confirmação de
que a declaração fosse verdadeira.
Nabil Shaath, ministro da Cooperação Internacional da Autoridade Nacional Palestina, afirmou
que nenhuma organização palestina está envolvida com os ataques, apesar da Intifada (levante
contra a ocupação israelense).
Liberados
A polícia queniana liberou ontem dois estrangeiros detidos para interrogatório, a norte-americana Alicia Kalhammer e seu marido, o espanhol José Tena.
A polícia anunciou anteontem
ter prendido ao menos 13 pessoas
suspeitas de envolvimento, entre
as quais apenas um cidadão queniano. Seis paquistaneses e quatros somalis continuavam a ser
interrogados.
Segundo Ben Wafula, gerente
do hotel onde o casal liberado ontem se hospedara, a cerca de 5 km
do local da explosão do carro-bomba em Mombaça, eles teriam
decido ir embora duas horas após
o atentado, o que teria levantado
suspeitas de funcionários, que
chamaram a polícia.
Com agências internacionais
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