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Idéia vem de "conservador compassivo"
DE NOVA YORK
O projeto do Escritório
de Iniciativas Comunitárias e Baseadas na Fé foi
lançado pelo presidente
republicano George W.
Bush em 2001, no primeiro ano de seu mandato.
Desde então, levanta polêmica e já foi alvo de ação
na Justiça. Em 2007, a Suprema Corte negou o pedido de um grupo de ateus e
agnósticos para barrar o
projeto, que repassa verba
a grupos de caridade ligados a igrejas, mesquitas e
sinagogas para que estes
administrem iniciativas
de assistência social.
Opositores do projeto
argumentam que o poder
financeiro conferido a esses grupos pode gerar tentativas de doutrinação ou
pressão por hábitos de vida coerentes com os do
grupo que oferece a ajuda.
Marvin Olasky, que escreveu livros que inspiraram a política social de
Bush, disse à Folha em
2004 que projetos desse
tipo devem vetar, por
exemplo, o auxílio a alcoólatras. "Gente que está se
matando de beber ou de
usar drogas não deve receber ajuda do Estado".
Olasky é um dos mentores do projeto e criou o
chamado "conservadorismo compassivo", que, em
linha com a idéia republicana de desonerar o Estado, defende que o governo
transfira a grupos religiosos a responsabilidade
com programas sociais.
No sábado, Bush enaltecera o projeto em seu programa de rádio, destacando a "notável diferença
que esses grupos fizeram
nestes oito anos", citando
ações em benefícios de
moradores de rua e no
combate à Aids.
(DB)
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