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Polícia encerra sem conclusão investigação de Madeleine
DA REDAÇÃO
Sem ser capaz de sequer definir se ocorreu seqüestro ou homicídio, a polícia de Portugal
encerrou a investigação de quase 14 meses sobre o desaparecimento da britânica Madeleine
McCann. O caso, que causou
frisson na imprensa mundial
em 2007, principalmente após
suspeitas caírem sobre os pais
da menina, foi entregue à Procuradoria Geral do país ontem.
Em nota, a Procuradoria informou que "fará uma análise e
avaliação global do (...) processo, para determinar se é preciso
empreender novas ações ou se
há condições para arquivar a
investigação".
Nove dias antes de completar
quatro anos, em 3 de maio de
2007, Madeleine sumiu de um
quarto de hotel na Praia da Luz,
região de Algarve, sul de Portugal, onde passava férias com
seus pais. O casal Kate e Gerry
McCann, ambos com 40 anos,
afirmam que deixaram a filha e
seus dois irmãos de dois anos
dormindo no quarto para jantar com amigos na noite do desaparecimento.
Eles montaram uma gigantesca campanha internacional
em busca de Madeleine. Celebridades como o jogador de futebol britânico David Beckham
e a autora da série "Harry Potter", J.K. Rowling, entre outros,
colaboraram com a campanha.
Em pouco tempo, porém, os
McCann passaram de vítimas a
suspeitos de uma suposta morte acidental da menina.
A polícia disse ter encontrado sangue e cabelos que poderiam ser de Madeleine em um
carro alugado pelos McCann,
mas exames de DNA foram inconclusivos. Por meses, jornais
britânicos e portugueses divulgaram rumores de que o casal
matara a filha e escondera o
corpo. Alguns se desculparam.
Ontem, os jornais portugueses indicaram que a polícia não
conseguiu reunir provas suficientes para acusar formalmente nem os pais de Madeleine nem um terceiro suspeito,
Robert Murat, um inglês que
vivia próximo do hotel onde a
menina desapareceu.
No Reino Unido, o porta-voz
dos McCann, Clarence Mitchell, pediu que o status de suspeito que paira sobre o casal seja retirado se a investigação for
encerrada. "O pior que pode
acontecer agora é a continuidade das suspeitas", afirmou.
A investigação continuará
em segredo de Justiça até agosto. Os McCann afirmaram que
vão pedir os documentos em
poder da polícia para dar seguimento a uma investigação particular sobre o caso.
Com agências internacionais
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