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Polícia reabre inquérito sobre garota afogada na China, após motim popular
DA REDAÇÃO
A polícia chinesa reabriu
as investigações sobre a
morte de uma adolescente,
estopim de protestos em
Weng'an (sudoeste do país).
Os moradores acusam autoridades de encobrirem o suposto estupro e assassinato
de Li Shufen, 17, encontrada
morta em um rio na semana
passada. O inquérito policial
afirma que ela se suicidou.
A cidade está sob cerco policial desde sábado, quando
um conflito entre manifestantes e policiais deixou
mais de cem feridos. Carros
e prédios públicos foram
queimados pela multidão.
Os moradores suspeitam do
envolvimento de filhos de
autoridades locais na morte.
Espancado após discutir
com um policial, o tio da estudante, Li Xiuzhong, negou
ontem que a família tenha
incitado os distúrbios. "Jamais poderíamos esperar
um conflito dessas proporções. Não era algo que pudéssemos controlar", disse,
ainda hospitalizado.
O secretário do Partido
Comunista da Província de
Guizhou, Shi Zongyuan, visitou Weng'an ontem, numa
tentativa de apaziguar a população. Ele disse que questões sociais -como a disputa
por minas, a migração e a remoção de residentes devido
à expansão imobiliária-
contribuíram para a violência e pediu a manutenção da
"harmonia social".
Em entrevista coletiva, o
porta-voz do departamento
de segurança de Guizhou,
Wang Xingzheng, defendeu
o trabalho dos investigadores. Segundo a polícia de
Weng'an, os três rapazes que
presenciaram o afogamento
-considerados suspeitos pela família- não são parentes
de autoridades. O perito responsável pela autópsia diz
não haver sinais de estupro,
mas afirmou que novos exames serão realizados.
Com agências internacionais
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