São Paulo, sábado, 02 de agosto de 2008

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Suspeito de ataques com antraz morre nos EUA

DA REDAÇÃO

O principal suspeito pelos ataques com antraz que assustaram os EUA logo após o 11 de Setembro, há sete anos, morreu terça-feira em um hospital por overdose de remédios, em aparente suicídio. Bruce Ivins, 62, microbiólogo do Instituto de Pesquisas Médicas em Doenças Infecciosas do Exército americano há 18 anos, soubera que promotores federais instaurariam contra ele processo que, segundo autoridades ouvidas pela Associated Press, poderia culminar na pena de morte.
Em 2001, cinco pessoas morreram e 17 adoeceram ao entrar em contato com esporos do bacilo causador da grave infecção conhecida como antraz, enviados em envelopes pelo correio. Ivins, que ajudara o governo a analisar o material biológico e a desenvolver vacinas contra sua infecção, vinha sendo investigado. Segundo seu advogado, Paul Kemp, ele era inocente e sucumbiu à pressão.
Para se matar, Ivins ingeriu uma dose fatal do analgésico Tylenol e de codeína -opiáceo natural utilizado em xaropes contra tosse. O cientista era católico praticante e descrito por colegas como "calmo, sempre prestativo e agradável".
Pouco depois de iniciar as investigações, o FBI suspeitou que as mostras enviadas pelo correio fossem produzidas no próprio laboratório de biodefesa do Exército. O primeiro suspeito foi o cientista Steven Hatfill, ex-colega de Ivins, que depois seria indenizado.
Os alvos das cartas infectadas incluíram dois senadores democratas e empresas de mídia. As correspondências trouxeram o caos aos correios americanos, fecharam um prédio do Senado e espalharam o temor de que, depois dos ataques às Torres Gêmeas, a Al Qaeda tivesse obtido armas biológicas.


Com agências internacionais


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