São Paulo, domingo, 02 de outubro de 2011

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Líderes mundiais não evitam falta de confiança

LUCIANA COELHO
DE WASHINGTON

Um dos problemas de fundo na crise europeia é a falta de confiança. Apesar dos apelos de que agirão juntos, líderes mundiais e instituições multilaterais não parecem ter convencido os investidores de que as turbulências serão contidas a tempo de evitar um estrago maior.
Pesam para tanto as idas e vindas em termos de coesão política, tanto no bloco europeu como fora dele.
O dissenso ficou aparente em comunicados sem importância divulgados na reunião anual do Fundo Monetário Internacional em Washington, no fim da semana passada.
Após debates, os únicos consensos que prevaleceram foram que o problema é grave e a necessidade de ação conjunta, urgente.
Sem mais a ofertar, Estados e organismos multilaterais apostaram demais na expansão do EFSF (Fundo Europeu de Estabilidade Financeira) e em pacote selado pela União Europeia em julho.
A ampliação dos poderes do EFSF, aprovada pelo Parlamento da Alemanha na semana passada, ainda precisa passar por mais três dos 17 países da zona do euro.
Se o reforço do EFSF não for referendado ou se for insuficiente, não há plano B.
A diretora-gerente do FMI, Christine Lagarde, escreveu que vê três razões para uma ação coletiva.
"Há um senso compartilhado de urgência, um diagnóstico compartilhado de problemas e uma compreensão comum de que os passos para o próximo período agora estão entrando em foco."
Para Timothy Geithner, secretário do Tesouro americano, "a dívida soberana e a pressão sobre os bancos na Europa são a ameaça mais séria a confrontar a economia".
O IIF, que reúne mais de 400 instituições financeiras, calcula que os bancos europeus já tenham perdido € 300 milhões com a contaminação da região pela queda da confiança dos investidores.


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