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Americanos estavam em missão militar
DA REDAÇÃO
Entre os reféns das Farc
resgatados ontem há três
americanos que estavam
em poder da guerrilha desde fevereiro de 2003.
Marc Gonsalves, 35,
Thomas Howes, 54, e
Keith Stansell, 43, caíram
nas mãos das Farc quando
a aeronave em que estavam foi, segundo o Departamento de Estado dos
EUA, abatida pela guerrilha. Os três cumpriam na
ocasião uma missão sob
contrato do Pentágono,
num vôo de vigilância dentro do Plano Colômbia de
combate às drogas. Empregados da Northrop
Grumman, empresa de
serviços e produtos de defesa, eles sobrevoavam o
departamento colombiano de Caquetá.
Segundo Washington,
outro americano que participava da missão, Thomas Janis, foi morto pela
guerrilha -assim como
um soldado colombiano.
As famílias dos três
americanos manifestaram, por meio de um porta-voz, "seu agradecimento aos soldados colombianos e aos serviços de inteligência" do país, acrescentando que esperavam
poder rever seus parentes
hoje, já de volta aos EUA.
Segundo o governo colombiano, eles já estavam
voando para os EUA na
noite de ontem.
O ex-senador colombiano Luiz Eladio Pérez, também refém das Farc que
foi libertado em fevereiro
deste ano, afirmou, quando de sua libertação, que
os americanos sofriam
com doenças tropicais e
com as seqüelas da queda
do avião. O político disse
ainda que Howes havia se
ferido e que era muito difícil conseguir remédios,
acrescentando que ele recebia pouco tratamento.
Ainda segundo Pérez,
Gonsalves, Stansell e Howes tentaram enviar, por
seu intermédio, apelos por
socorro a políticos e à imprensa dos EUA, mas tais
mensagens foram confiscadas pelos guerrilheiros.
O ex-senador colombiano contou que as cartas
eram endereçadas ao presidente dos EUA, George
W. Bush, à líder da Câmara
dos Representantes, a democrata Nancy Pelosi, e
aos candidatos à Casa
Branca John McCain e Barack Obama. A última prova de que os três americanos estavam vivos veio a
público em novembro do
ano passado, em imagens
divulgadas pelo governo
colombiano.
No último dia 28 de janeiro, o líder das Farc Ricardo Palmera, conhecido
como Simon Trinidad, que
fora extraditado para os
EUA, foi julgado naquele
país pelo seqüestro dos
americanos e condenado a
60 anos de detenção.
Com agências internacionais
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