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Após encontrar Lula, Alarcón critica 4ª Frota
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
O presidente da Assembléia Nacional de Cuba,
Ricardo Alarcón, criticou
o relançamento da Quarta
Frota na América do Sul,
Central e Caribe, ao sair de
um encontro com o presidente Luiz Inácio Lula da
Silva na tarde de ontem.
"Temos que nos perguntar para que e por que é necessária numa região da
América Latina. Queremos que os EUA nos expliquem isso porque vivemos
em uma região totalmente
pacífica", disse, ecoando
questionamentos feitos
por Lula na véspera.
O presidente e Alarcón
também discutiram as
controversas medidas antiimigratórias aprovadas
pela União Européia neste
mês. "A Europa quer agora
tratar os netos de espanhóis, franceses, italianos,
ingleses e portugueses como se fosse gente de menor valor", disse o cubano.
Alarcón afirmou que o
presidente lhe falou da declaração de repúdio assinada por Brasil, Argentina, Uruguai, Paraguai, Venezuela, Chile e Bolívia ao
fim da 35ª Cúpula de Chefes de Estado do Mercosul,
que ocorreu terça-feira em
Tucumán, Argentina.
Em entrevista coletiva,
o chanceler Celso Amorim
(Relações Exteriores) afirmou ontem que no encontro de Alarcón e Lula também tratou-se das parcerias em andamento entre
Cuba e Brasil. Ele disse
que o Brasil tem a disposição de renovar a linha de
crédito para a compra de
alimentos a Cuba - já foram disponibilizados U$
200 milhões.
Segundo Amorim, foi
discutida ainda possibilidade de o presidente Raúl
Castro visitar o Brasil.
"Aparentemente este é o
desejo", comentou ele.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva recebeu
relatos de Alarcón sobre a
saúde do líder Fidel Castro. O cubano comentou
sobre a "boa disposição física" de Fidel ultimamente, segundo o chanceler
Amorim.
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