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Hizbollah confirma que receberá presos de Israel, contra soldados talvez mortos
DA ASSOCIATED PRESS
O dirigente máximo do Hizbollah, Sayyed Hassan Nasrallah, afirmou ontem que devolverá dois soldados israelenses
capturados em 2006 e fornecerá informações sobre um aviador israelense desaparecido há
20 anos. Israel, em troca, libertará cinco prisioneiros do grupo radical islâmico.
O premiê israelense, Ehud
Olmert, disse acreditar que os
soldados estejam mortos, embora o Hizbollah nunca tenha
confirmado e a Cruz Vermelha
não os tenha localizado.
Nasrallah qualificou ontem
as informações sobre as mortes
de "especulações". Mas também não chegou a afirmar que
eles estavam vivos. Foi em resposta à captura deles que Israel
desencadeou há pouco menos
de dois anos desastrada operação militar no sul do Líbano.
O terceiro personagem envolvido na troca é Ron Arad, tripulante de um avião militar israelense que se acidentou sobre o Líbano em 1986. Ele foi
capturado vivo, e seu paradeiro
é desconhecido. Amanhã deverá chegar a Beirute um emissário das ONU para obter informações sobre seu paradeiro.
Os prisioneiros que Israel libertará estão todos vivos. Entre
eles se encontra Samir Kantar,
que cumpre pena de prisão perpétua por ter se infiltrado em
Israel em 1979 e assassinado
um civil, sua filha e um policial.
A troca entre Israel e o Hizbollah foi bem-recebida pelos
EUA e pelo primeiro-ministro
libanês, Fuad Siniora, adversário do grupo islâmico.
O premiê britânico, Gordon
Brown, anunciou que submeteria ao Parlamento a proposta
de passar a tratar o braço militar do Hizbollah como organização terrorista, por sua participação, ao lado de radicais xiitas, em atentados no Iraque.
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