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Escavadeira pilotada por palestino atropela e mata três em Jerusalém
Há dúvidas se foi atentado terrorista; operador do trator tinha RG israelense
DA REDAÇÃO
O operador de uma escavadeira entrou na contramão numa das principais ruas do centro de Jerusalém, abalroando
automóveis e ônibus, atropelando pedestres, matando três
pessoas e deixando 45 feridos.
O operador, um palestino de
nacionalidade israelense, apenas foi contido pelos tiros que o
mataram, dados por um soldado e por um policial.
Hossan Dawiath, 31, era casado e pai de dois filhos. A polícia
disse que ele tinha "antecedentes criminais", não especificados, mas não era fichado por
vínculo com grupos terroristas.
Trabalhava numa construtora
encarregada dos alicerces de
uma nova estação ferroviária.
O porta-voz do governo israelense, Mark Regev, disse à
BBC que as informações iniciais indicavam que ele havia
agido sozinho.
Mas Micky Rosenfeld, porta-voz da polícia, disse não ter
"dúvidas de que foi um atentado terrorista". Informou que os
familiares de Dawiath estavam
sendo interrogados num bairro
próximo a Jerusalém Oriental.
Os habitantes muçulmanos
da região, anexada por Israel
após a Guerra dos Seis Dias
(1967), têm carteira de identidade de cor azul, idêntica à que
é entregue aos judeus.
Hipótese de atentado
A tese de um novo atentado
foi defendida pela mídia israelense, mesmo pelo moderado
"Haaretz". Mas fora de Israel
eram bem mais cautelosas as
edições online do "New York
Times", do "Times", de Londres, do "Le Monde" e da própria BBC, deixando em aberto a
possibilidade de um ato ensandecido de um desequilibrado.
Um assessor de Mahmoud
Abbas, presidente da Autoridade Nacional Palestina, disse
que o episódio foi uma tentativa de prejudicar suas negociações de paz com Israel.
Três grupos radicais palestinos reivindicaram simultaneamente o "atentado", entre eles
as Brigadas dos Mártires de al
Aqsa. O Hamas, grupo que controla a faixa de Gaza, disse não
ter nada a ver com o ocorrido.
O ministro da Defesa, Ehud
Barak -alinhado aos "falcões"
na disputa pela sucessão do
premiê Ehud Olmert-, disse
que Israel deveria "responder
de imediato aos terroristas".
O Knesset, Parlamento unicameral, votou em primeira leitura dois projetos redigidos ontem mesmo, que permitem ao
governo cassar a nacionalidade
israelense de palestinos envolvidos em terrorismo e suspender os benefícios previdenciários de seus familiares.
Com agências internacionais
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