DA ASSOCIATED PRESS

As facções políticas libanesas chegaram na sexta-feira a acordo que permite ao grupo xiita Hizbollah manter o arsenal que possui. A posição, expressa em comunicado, ainda precisa ser aprovada pelo Parlamento, que vai votar ainda a formação do governo que inclui o Hizbollah. O novo gabinete foi formado após acordo entre os grupos político-confessionais mediado pelo governo do Qatar.
O armamento do Hizbollah sempre foi um ponto de disputa, já que muitos parlamentares da facção pró-Ocidente defendem o desarmamento da combinação de milícia e partido político, que agora detém poder de veto neste novo governo. A concessão foi garantida em um acordo firmado em maio para pôr fim a mais uma escalada da violência no país.
O comunicado anunciado pelo ministro da Informação, Tarek Mitri, foi deliberadamente vago. Dizia que o comitê concordava com "o direito do povo do Líbano, do Exército e da resistência para liberar todos os territórios". A palavra "resistência" é um jargão no Líbano para se referir ao Hizbollah. "Todos os territórios" é uma alusão à reivindicação territorial das fazendas de Shebaa, área capturada por Israel durante a Guerra dos Seis Dias, em 1967.


Texto Anterior: Crise em Israel pesa sobre negociações de paz
Próximo Texto: Desastre: Terremoto deixa 231 feridos na China
Índice