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Americanos aprovam o uso medicinal da droga
DE NOVA YORK
O governador de Nova York,
George Pataki, e seus homens de
marketing devem ter suado frio
ao olhar os resultados da mais recente pesquisa de opinião feita
com a população norte-americana sobre a legalização da maconha, medicinal ou não: 34% dos
ouvidos são a favor (contra apenas 18% em 1986).
O resultado é de estudo encomendado pela emissora de TV
CNN e pelo jornal "The New York
Times" e divulgado no meio da
semana passada.
Os números são eloquentes:
72% dos ouvidos acreditam que
pessoas detidas com maconha
não deveriam cumprir nenhum
tipo de pena.
Quase 60% dos entrevistados
acham que a posse de maconha
deve continuar sendo considerada um crime federal, mas, dos que
acreditam que algum tipo de pena
deveria ser cumprida pelos detidos, apenas 19% defendem o regime de prisão.
Quando a pergunta é específica
sobre maconha para fins medicinais, os sinais de uma guinada liberal são ainda mais evidentes.
Dos ouvidos, uma maioria de
80% defende sua legalização. O
estudo foi feito em todos os 50 Estados norte-americanos.
Aí também há diferenças evidentes. Dos entrevistados que residem num dos 19 Estados que liberaram o uso medicinal ou reduziram as penas para porte da droga, 47% dizem ter fumado maconha pelo menos uma vez na vida.
Plebiscitos
Dos Estados que elegem governadores, senadores federais e senadores estaduais nesta terça-feira, pelo menos quatro colocaram
nas cédulas plebiscitos relacionados à liberalização da maconha.
São eles Arizona, Dakota do Sul,
Nevada e Ohio, além do Distrito
de Columbia, que abriga a capital
federal, Washington.
Destes, o que os defensores da
causa acreditam que tenha mais
chance de vitória é mesmo Nevada, mais conhecido por ser o Estado que abriga Las Vegas, cidade
dos cassinos.
"Mesmo se a aprovação passar
em plebiscito, nós vamos derrubá-la no plenário", ameaça Sandy
Heverly, da ONG Nevadianos
contra a Maconha.
"Aprovada ou não, o importante é que a questão colocada em
plebiscito vai levar os políticos
dos Estados a pelo menos discutirem o que querem afinal seus eleitores", disse o lobbista Grover
Norquist, de Las Vegas.
Na Califórnia, a Corte Federal
de Apelações determinou, na
quinta-feira passada, que os médicos que receitarem maconha
não podem ser presos.
(SD)
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