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CÁUCASO
Geórgia elege hoje populista à Presidência
FRED WEIR
DO "INDEPENDENT", EM TBILISI (GEÓRGIA)
A Geórgia vai hoje às urnas para
eleger o substituto do ex-presidente Eduard Shevardnadze, derrubado em uma revolta sem derramamento de sangue há pouco
mais de um mês. Todos esperam
que a revolta tenha colocado fim
ao sombrio ciclo de guerras, revoluções, pobreza e corrupção que
domina a era pós-soviética.
É praticamente certo que o vencedor será Mikhail Saakashvili,
um político educado nos EUA
que liderou as três semanas de
protestos de rua que terminaram
com a renúncia de Shevardnadze.
"Não há dúvida sobre o resultado, Saakashvili vencerá com facilidade", diz David Kiphiani, vice-presidente do Centro Independente de Cultura Cívica de Tbilisi.
Ainda que a cédula traga os nomes de seis candidatos, cinco são
completamente desconhecidos.
"A questão não é se Saakashvili
vencerá, mas o que ele fará para
enfrentar os problemas da Geórgia." Saakashvili é elogiado por
seus partidários como líder franco e inspirado, capaz de combater
o crime, a corrupção e o separatismo étnico endêmicos na Geórgia.
Seus críticos, no entanto, advertem que o candidato, que trabalhou como advogado em Nova
York, é um perigoso populista
que manipulou a insatisfação pública contra o governo incompetente de Shevardnadze para sucedê-lo na Presidência.
A Geórgia é uma república pequena e etnicamente diversificada. Com 4,5 milhões de habitantes, caiu no abismo da guerra civil,
da revolução e do separatismo regional logo que conquistou a independência da URSS, em 1991.
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