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País de Le Pen seria a França ao avesso
DA REPORTAGEM LOCAL
Na hipótese remota de elegê-lo
para a Presidência, a França seria
virada de cabeça para baixo por
Jean-Marie Le Pen. Alguns exemplos. Ele suprimiria a lei das 35
horas de trabalho semanal, porque, "na França, não se trabalha o
bastante". O Tesouro precisaria
arcar com o ônus de uma moratória das dívidas dos agricultores, e
a rede educacional pública não teria privilégios sobre os estabelecimentos religiosos.
Além das polícias civil e militar,
seria constituída uma "guarda nacional de voluntários para a defesa operacional do território".
Ao pregar o "restabelecimento
das fronteiras comerciais para
proteger empregos e nossos produtos", Le Pen supõe abandonar a
União Européia e a Organização
Mundial do Comércio. No capítulo referendos, a França votaria
por deixar o Tratado de Maastricht e também o espaço Schengen (liberdade da circulação de
pessoas). A França também proporia o fim da Comissão de Bruxelas, órgão executivo da UE.
Le Pen propõe inscrever na
Constituição o princípio da "preferência nacional" em matérias
como habitação, emprego e auxílios sociais. O estrangeiro passa a
ser oficialmente suspeito de estar
contaminado, já que Le Pen prevê, para a concessão de vistos,
exames médicos que evitem a
contaminação dos franceses por
"moléstias importadas". Por fim,
o equivalente francês ao INSS não
cobriria todas as doenças porque
o sistema universalizado "é uma
bomba de aspiração que beneficia
os imigrantes".
(JBN)
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