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ORIENTE MÉDIO
Palestino é baleado dentro da igreja da Natividade, em Belém
Novas ações de Israel matam três
DA REDAÇÃO
Novas ações do Exército de Israel deixaram ontem três palestinos mortos. Uma das vítimas era
um militante das Brigadas dos
Mártires de Al Aqsa, atingido por
disparo de um atirador de elite israelense dentro da igreja da Natividade, em Belém.
O ataque marcou mais um dia
de negociações frustradas para
encerrar o cerco ao local onde, segundo a tradição cristã, Jesus nasceu. Permanecem lá dentro cerca
de 150 pessoas, entre elas 30 palestinos armados que se refugiaram
da ofensiva do Exército de Israel,
há mais de um mês.
Salah al Tamaari, que chefiava
negociações em busca de solução
para o impasse em Belém, anunciou ontem a renúncia da equipe
palestina de negociadores. Ele informou ao presidente da Autoridade Nacional Palestina (ANP),
Iasser Arafat, que "a missão terminou", em razão da negativa israelense em fazer concessões.
Apesar disso, o diálogo prosseguia, com europeus e americanos
envolvidos.
Horas antes, o prefeito de Belém, Hanna Nasser, dissera que os
EUA tentavam mediar um acordo
entre as partes e que o cerco à
igreja poderia ser suspenso em
poucas horas.
Uma grande explosão ocorreu a
cerca de 100 metros da praça da
Manjedoura (centro de Belém),
ferindo um garoto de 14 anos.
Uma placa em frente ao edifício
indicava haver ali uma clínica médica, mas militares israelenses
que se dirigiram ao local exibiram
aos jornalistas sacos de pólvora
encontrados e disseram se tratar
de uma fábrica de explosivos, supostamente pertencente ao grupo
extremistas islâmico Hamas.
O Exército de Israel matou outros dois palestinos na faixa de
Gaza. Uma das vítimas foi baleada
após abrir fogo contra soldados
próximo ao bloco de colônias judaicas de Gush Katif. A outra, um
policial de 25 anos, foi atingido
durante incursão militar com tanques na região do campo de refugiados de Khan Yunis.
Viagem de Sharon
O premiê israelense, Ariel Sharon, embarca hoje para os EUA,
onde deve se encontrar amanhã e
terça-feira com o presidente
George W. Bush. Ele pretende
apresentar ao líder americano um
plano de paz, que teria como base
acordo interino de longo prazo.
A realização de uma conferência internacional sobre a paz no
Oriente Médio -proposta na semana passada por EUA, ONU,
União Européia e Rússia- também estará na pauta do encontro.
O governo da Turquia anunciou
ontem que o país estaria disposto
a servir como sede da conferência,
que seria realizada no início do
verão no hemisfério Norte.
Israelenses e palestinos receberam com cautela essa proposta. O
chanceler do Egito, Ahmed Maher, disse ontem que seu país só
aceita uma conferência internacional após uma retirada israelense dos territórios reocupados nas
últimas semanas.
Arafat, que após acordo pôde
deixar seu quartel-general, onde
ficou sitiado por 34 dias, se reuniu
ontem com diplomatas europeus
em Ramallah. Ele tem planos de
se encontrar com representantes
da Arábia Saudita para debater a
proposta de paz apresentada pelo
príncipe saudita. Ministros dos
países do mundo árabe devem se
reunir no Cairo esta semana para
tratar do assunto.
Com agências internacionais
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