São Paulo, quarta-feira, 05 de outubro de 2011 |
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice | Comunicar Erros
Brasil se abstém em resolução anti-Síria vetada pela ONU DO ENVIADO ESPECIAL A BRUXELAS DE SÃO PAULO Rússia e China vetaram ontem no Conselho de Segurança a proposta europeia de resolução contra a Síria. Os Estados Unidos se disseram "indignados" com a decisão. O texto, que previa sanções se o ditador Bashar Assad não cessasse a violenta repressão contra civis, recebeu o apoio de nove dos 15 países-membros. O Brasil se absteve -junto com Índia, África do Sul e Líbano- por discordar, especialmente, da "tática" adotada pelos autores do texto (França, Reino Unido, Alemanha e Portugal) de submetê-lo a votação sabendo que não seria aprovado. Para o governo brasileiro, a votação só serviu para mostrar um racha no Conselho. "Os EUA estão indignados que este Conselho tenha falhado ao enfrentar um desafio moral urgente e uma crescente ameaça à a segurança regional", disse a embaixadora americana na ONU, Susan Rice. O representante russo, Vitaly Churkin, disse que o texto tinha como base "a filosofia do confronto". Em Bruxelas, a presidente Dilma Rousseff e os anfitriões europeus desentenderam-se sobre o assunto. A portas fechadas, Dilma invocou o caso da Líbia quando os europeus defenderam uma resolução forte. Para a diplomacia brasileira, a ação da Otan na Líbia extrapolou os limites da resolução. Os europeus discordaram completamente. Chegaram a dizer que salvaram a Líbia. (CLÓVIS ROSSI E ISABEL FLECK) Texto Anterior: Dilma cobra controle de capitais pelo G20 Próximo Texto: Itália: Nota da dívida é rebaixada pela Moody's Índice | Comunicar Erros |
Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress. |