|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
foco
Ingrid não sabe mais se vai à marcha por reféns, mas almoça com Villepin
DA REDAÇÃO
A ex-refém Ingrid Betancourt, libertada na quarta-feira após seis anos nas mãos
das Farc, colocou em dúvida
sua participação numa marcha no dia 20 na Colômbia
pelos outros seqüestrados.
Ela havia, na quinta-feira,
confirmado sua presença,
mas agora justifica temer um
atentado.
Em programa de rádio
transmitido aos reféns, Ingrid explicou que familiares
"me pediram para levar em
conta o que diziam, pois tinham o direito de opinar sobre minha vida após terem
lutado durante tantos anos".
Ingrid também disse que o
presidente francês, Nicolas
Sarkozy, "comprometeu-se
publicamente a seguir lutando por todos os seqüestrados". E prometeu ajuda:
"Quando me comprometo
com algo, faço de verdade.
Não vou deixar um segundo
de advogar pela liberdade de
vocês e por conseguir canais
de comunicação com as Farc
e com países que podemos
mobilizar para que vocês
voltem rapidamente".
À revista "Semana" ela declarou querer trabalhar com
o ex-refém Luiz Eladio Pérez
para achar "fórmulas para liberar os seqüestrados".
Mas a ex-presidenciável
promete voltar a Bogotá "em
alguns dias". Enquanto isso,
disse a "Le Journal du Dimanche" querer viajar pela
França e ficar com os filhos.
Dividida entre escrever
uma peça contando o que
passou na selva -"Mostrarei
coisas que as pessoas devem
sentir"- e se lançar candidata à Presidência da Colômbia
-"A política parece que é
meu destino"-, ela almoçou
ontem, em Paris, com o ex-chanceler francês Dominique de Villepin.
Eles tiveram um caso
quando Ingrid foi sua aluna
no Instituto de Estudos Políticos de Paris e não tinham
se reencontrado. "A alegria
[de ter sido libertada], se quisesse dividir com alguém, é
evidente que seria com ele."
Ela também foi à igreja do
Santo Sulpício. Aliás, o cativeiro a deixou mais religiosa
-seus filhos e o pai deles pediram que parasse de falar de
religião. "Tenho uma fé
imensa. Penso que minha libertação é um milagre."
Com agências internacionais
Texto Anterior: Bogotá acusa mediador suíço de laços com as Farc Próximo Texto: Bolívia 1: Oposição exige verba de volta Índice
|