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Em aniversário de massacre, ataque mata 15 no Paquistão
Atentado suicida ocorre um ano após ofensiva do governo contra Mesquita Vermelha
Homem-bomba se explodiu após protesto de estudantes
que marca mortes em 2007; novo governo vê "tentativa de desestabilizar o país"
DA REDAÇÃO
Ao menos 14 policiais e um
civil foram mortos em um ataque suicida ocorrido ontem,
nas proximidades da Mesquita
Vermelha, em Islamabad, capital do Paquistão. Também há
informações de que cerca de 20
pessoas ficaram feridas.
O ataque com explosivos,
promovido por um homem jovem a pé, segundo fontes do governo, atingiu um contingente
policial que monitorava uma
manifestação de centenas de
estudantes. Eles se reuniam
por ocasião do primeiro aniversário de um ataque militar a esse templo, que deixou ao menos
cem mortos -ou 2.000, segundo relatos da oposição ao regime de Pervez Musharraf, que
perdeu poder após as eleições
do início deste ano.
Em julho de 2007, após tentativas frustradas de negociação, enfrentamentos e um cerco que durou dias, Musharraf
ordenou que as tropas atacassem a mesquita, tida como um
foco fundamentalista.
Considerados pelo governo
simpatizantes da Al Qaeda, os
manifestantes ontem agitavam
bandeiras negras e gritavam
palavras de ordem em homenagem aos mortos. A rede terrorista e os membros paquistaneses do Taleban já haviam jurado vingança pelos mortos na
mesquita e declararam guerra
contra o regime de Musharraf,
então em vigor.
O atual governo, encabeçado
pelo premiê Yousaf Raza Gilani, adotou o diálogo com os militantes em busca de uma saída
negociada para pôr fim aos
atentados. Mas o país não se livrou da uma onda de atentados,
em sua maioria cometidos por
homens-bomba, intensificada
desde o ataque à Mesquita Vermelha. Em um ano, o saldo é de
quase 1.100 mortos. Em junho,
a explosão de um carro-bomba
matou seis pessoas perto da
Embaixada da Dinamarca, na
capital paquistanesa.
Segundo fontes militares citadas pela France Presse, o ataque de ontem ocorreu cerca de
15 minutos depois que os organizadores da manifestação dispersaram a marcha.
O Ministro do Interior, Rehman Malik, condenou o atentado e disse que é preciso "pensar
quem está desestabilizando o
país e agir". As forças de segurança isolaram a área e decretaram alerta máximo na região.
Com agências internacionais
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