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Consequências do levante ainda são sentidas
DA REPORTAGEM LOCAL
Trinta anos depois, as feridas abertas pelo golpe de Estado liderado pelo general
Augusto Pinochet continuam abertas no Chile.
As famílias de mortos e desaparecidos políticos criticam o pacote do presidente
Ricardo Lagos que prevê redução de pena para ex-torturadores e ex-repressores
que ajudem na investigação.
O próprio presidente reconheceu, durante a semana,
que o capítulo das violações
aos direitos humanos no
Chile "não se fechará nunca
porque a dor dos familiares
das vítimas perdurará para
sempre".
No dia 11 estão programados vários atos para celebrar
os 30 anos da morte de
Allende. O governo está
preocupado com a possibilidade de incidentes violentos
nesse dia. No fim de semana
passado, quatro homens foram presos com 500 gramas
de explosivos. Eles disseram
pertencer a um grupo que
estaria em formação, designado Movimento Revolucionário Popular dos Trabalhadores.
Embora a memória de
Allende esteja viva principalmente nos chilenos com
vinculação à esquerda, a
maioria da população demonstra desinteresse pelo
dia 11 de setembro. Uma
pesquisa realizada pela Fundação Futuro demonstrou
que 67,5% dos entrevistados
não se interessam pelo tema
nem pelas solenidades.
Uma outra pesquisa divulgada pela mesma fundação,
em julho passado, apontou
que, para 87%, o país não alcançou uma reconciliação.
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