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Número de mortos no Haiti chega a 529
Corpos foram encontrados quando as águas da enchente provocada pela tempestade tropical Hanna começaram a baixar
O poderoso furacão Ike, que ontem seguia em direção às Bahamas, pode chegar em Cuba ainda mais forte, uma ameaça a prédios antigos
DA REDAÇÃO
A polícia haitiana encontrou
495 corpos de vítimas da tempestade tropical Hanna na cidade de Gonaives (152 km ao
norte da capital, Porto Príncipe), na sexta-feira, quando as
águas da enchente baixaram.
Com isso, o número total de
mortos chegou a 529 até o começo da tarde de ontem.
Segundo informou à Reuters
o chefe da polícia local, Ernst
Dorfeuille, outras 13 pessoas
ainda estavam desaparecidas.
Ele definiu assim a situação da
quarta maior cidade haitiana:
"O cheiro de morte é terrível
em Gonaives".
A Federação Internacional
da Cruz Vermelha apela para
que os países levantem US$ 3,4
milhões em doações ao país.
A ONU, que mandou um navio com 33 toneladas de suprimentos emergenciais distribuídos na sexta, declarou que pedirá fundos de emergência para
ajudar os 600 mil desabrigados.
A ajuda humanitária chegou
ao país um dia depois de o Senado ter votado estado de
emergência e pedido oficialmente ajuda internacional.
A maior parte população do
Haiti, o país mais pobre das
Américas, vive com menos de
US$ 2 por dia. Em menos de um
mês, o país foi atingido por sucessivas tempestades. O furacão Fay matou mais de 50 pessoas. O Gustav deixou ao menos 75 mortos.
Nos EUA, a tempestade Hanna atingiu ontem os Estados da
Carolina do Sul e do Norte, com
chuvas e ventos fortes. Pelo
menos 1.500 pessoas se refugiaram em abrigos.
As autoridades, que registraram pequenas inundações, dizem que cerca de 55 mil pessoas ficaram sem energia elétrica. Mas só anunciaram prejuízos materiais.
Segundo o NHC (Centro Nacional de Furacões) dos EUA, o
Hanna movimentou ventos de
110 km/h e perdeu um pouco de
força ao tocar a terra.
Chegada do Ike
Com ventos de até 185 km/h,
ontem o furacão Ike estava próximo das Bahamas e das ilhas
Turks e Caicos -de onde turistas e moradores começaram a
sair na tarde de ontem. Convertido em categoria quatro, na escala de cinco Saffir-Simpson, o
Ike ameaçava Cuba, onde deve
chegar entre hoje e amanhã.
O governo cubano anunciou
que o todo o território corre risco -o Gustav não causou mortes, mas graves danos materiais. Os EUA ofereceram enviar uma equipe de avaliação,
mas Cuba respondeu pedindo o
fim do embargo. Se seguir a rota prevista, o furacão atingirá as
cidades turísticas de Varadero
e Havana, uma ameaça aos edifícios históricos. A rota do Ike
também inclui passagem pelo
sul da Flórida.
Com agências internacionais
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