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País depende
da Síria para
tomar decisões
DA REDAÇÃO
As posições políticas do Líbano
são dependentes das da Síria. O
país quase não tem autonomia
para decidir os rumos de sua política externa. Damasco exerce forte influência política e militar sobre Beirute. Os governantes libaneses atuam em sintonia com o
ditador sírio, Bashar al Assad.
A Síria possui milhares de soldados no território libanês. Ao
circular pelo Líbano, é comum
ver a presença de postos militares
do Exército sírio. Essa presença
começou após o fim da guerra civil (1975-90) e pouco antes da
Guerra do Golfo (1991).
O governo libanês, conforme o
próprio premiê Rafik Hariri afirmou à Folha, diz que os sírios estão no país a convite do Líbano e
acrescenta que o país é independente. Porém, desde a desocupação do sul do Líbano por Israel em
2000, tem crescido no país a oposição à presença síria.
Além dos sírios, outro poder paralelo no Líbano é o do Hizbollah,
um dos grupos considerados terroristas pelo Pentágono.
Nos países árabes, o grupo é
considerado uma resistência contra a ocupação israelense. Além
disso, no Líbano, o Hizbollah é
um partido político, que realiza
ações sociais e possui uma TV.
O grupo afirma que Israel ainda
ocupa parte do território libanês.
Na verdade, segundo a ONU, os
israelenses deixaram o Líbano em
2000. A área reivindicada pelo
grupo são as fazendas de Cheeba.
Para a ONU, essa é uma região síria sob a ocupação israelense. A
Síria e o Líbano afirmam que a
área é libanesa.
Antes da guerra no Iraque, o secretário de Estado dos EUA, Colin
Powell, esteve no Líbano e na Síria
para pressionar os dois países a
parar de apoiar o Hizbollah, também influenciado pelo Irã.
Choques entre o Hizbollah e as
forças israelenses são comuns na
fronteira entre Israel e Líbano.
O grupo libanês se considera
vencedor no conflito com Israel,
pois, na avaliação do Hizbollah,
Israel deixou o sul do Líbano após
ser derrotado.
Poder religioso
O poder no Líbano é dividido
entre as três principais religiões
do país. O presidente deve ser
cristão maronita, o presidente do
Conselho de Ministros (premiê)
precisa ser muçulmano sunita, e o
presidente do Parlamento, xiita.
A medida visa impedir que um
grupo religioso tenha mais poder
que o outro, para evitar um novo
conflito civil.
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