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ORIENTE MÉDIO
Primeiro-ministro destaca elos culturais e pretende que seu país seja trampolim para produtos brasileiros
Líbano oferece mercado árabe ao Brasil
DA REDAÇÃO
O Líbano pode ser a porta de
entrada para o Brasil conquistar o
mercado consumidor árabe, segundo o premiê libanês, Rafik
Hariri. Em viagem de quatro dias
ao Brasil, Hariri pretende incrementar as relações entre os dois
países, por meio da redução de tarifas bilaterais e parcerias nas
áreas de tecnologia, indústria e
agricultura.
"Pretendo incentivar empresários brasileiros a investir no Líbano e quero oferecer nosso país como trampolim para os países do
Oriente Médio e da Ásia", disse
Hariri, que chegaria a São Paulo
ontem, em entrevista à Folha.
Para defender a importância do
Líbano para o Brasil ganhar mercado no Oriente Médio, Hariri
utilizou a relação histórica existentes entre os dois países.
"O Brasil e Líbano têm uma longa tradição de laços de amizade.
Os primeiros libaneses chegaram
ao Brasil no final do século 19 fugindo das perseguições do Império Otomano. Rapidamente se
sentiram em casa, e, no Brasil estabeleceu-se a maior colônia libanesa do mundo", disse o premiê.
Segundo ele, há cerca de 6 milhões de descendentes de libaneses no Brasil (estimativas falam
em até 9 milhões). "E nós só temos 4 milhões de habitantes",
afirmou Hariri.
Ele disse que há uma grande influência de brasileiros, descendentes de libaneses, que foram viver no Líbano. "Hoje, o português
é a quarta língua mais falada no
Líbano, depois do árabe, do francês e do inglês", afirmou.
Roteiro
Hariri participará, em São Paulo, de uma conferência reunindo
empresários libaneses de todo o
mundo e inaugurará uma exposição de fotos de Beirute no shopping Iguatemi.
O premiê também se reunirá
nesta semana com o presidente
Luiz Inácio Lula da Silva, com o
governador de São Paulo, Geraldo
Alckmin (PSDB), e com a prefeita
da capital, Marta Suplicy (PT).
O presidente brasileiro será
convidado por Hariri para visitar
o Líbano, segundo afirmou o premiê na entrevista.
(GUSTAVO CHACRA)
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