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Premiê canadense convoca novas eleições
Stephen Harper, do Partido Conservador, busca obter maioria para governar sem depender da oposição
DA REDAÇÃO
O primeiro-ministro do Canadá, Stephen Harper, dissolveu o Parlamento ontem e convocou novas eleições para 14 de
outubro, na esperança de fortalecer o Partido Conservador,
no poder há mais de 30 meses e
sem maioria suficiente para governar sozinho. Harper justificou a medida afirmando que o
Parlamento estava "disfuncional". Será a terceira eleição nacional em quatro anos.
O partido de centro-direita
do premiê precisa de mais 28
cadeiras para conseguir a maioria no Parlamento, o que tem
chances de obter, segundo pesquisas de opinião realizadas
nos últimos dias. De acordo
com o instituto de pesquisa Environics Research, o partido do
governo conta com 38% das intenções de voto e os liberais,
28%. Pelas regras canadenses,
o partido majoritário que obtiver 40% dos votos pode legislar
sem precisar fazer alianças.
Em 2006, os conservadores
derrotaram os liberais, no poder havia 13 anos, mas o governo minoritário de Harper se viu
dependente da oposição para
aprovar leis.
Analistas dizem que Harper
quer que as eleições aconteçam
antes do pleito dos EUA, que
pode ajudar a oposição.
Desde que se tornou primeiro-ministro, Harper aumentou
a presença do Exército canadense no Afeganistão, e o país
perdeu 97 soldados -o que deve virar um tema de campanha.
Ele ainda retirou o Canadá do
Protocolo de Kyoto, que obriga
países industrializados a reduzir emissões de gases-estufa.
Já o líder do Partido Liberal,
ex-ministro do Meio Ambiente,
liderou uma guinada de seu
partido à esquerda, incorporando pautas "verdes" em seu
discurso, como a idéia de criar
uma taxa sobre emissões de gases-estufa atrelada à renda.
Mas Stephane Dion, professor universitário na província
francófona de Quebec, é considerado um líder fraco e tem dificuldades para se fazer entender em inglês. Espera-se que
ele saia da liderança do partido
caso perca as eleições.
Com agências internacionais
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