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BANGLADESH
Ministro diz crer que Al Qaeda esteja por trás de explosões; inteligência indiana diz que país é novo refúgio da rede
Atentados a bomba matam 15 e ferem 300
DA REDAÇÃO
Uma série quase simultânea de
explosões de bombas em quatro
salas de cinema em Bangladesh,
lotadas de famílias que celebravam o fim do jejum observado
durante o Ramadã (o mês sagrado muçulmano), deixou pelo menos 15 mortos e cerca de 300 feridos ontem em Mymenshingh, a
150 km da capital, Dacca.
O ministro do Interior bengalês,
Altaf Hossain Chowdhury, disse
que os ataques podem ter sido
obra da rede terrorista Al Qaeda,
de Osama bin Laden, e pôs o país
em estado de alerta.
"A polícia suspeita que a Al
Qaeda ou outros grupos terroristas estejam por trás das explosões", afirmou Chowdhury. Mas
ele afirmou que os ataques podem
também ter sido realizados por
membros da oposição tentando
desestabilizar o governo.
"Estamos tentando descobrir
quem está realmente envolvido
nesses ataques cruéis", disse. "O
governo ordenou um alerta de segurança em todo o país para evitar tentativas de ataques terroristas como esses."
Cerca de 2.000 pessoas -homens, mulheres e crianças- estavam nas salas de cinema atingidas pelas explosões no último dos
três dias do Eid al Fitr. Médicos
disseram que muitos dos feridos
perderam membros do corpo.
Segundo eles, muitas pessoas
gravemente feridas deram entrada nos hospitais da região, e o número de mortos deve aumentar.
Não havia nenhum estrangeiro
entre os mortos no atentado.
A polícia declarou ter isolado a
área e dado início a uma investigação. Ninguém assumiu a autoria dos atentados imediatamente.
Cinco pessoas foram presas perto dos cinemas, suspeitas de envolvimento nos ataques, disse a
polícia.
As explosões contrastam com
atentados recentes na Ásia atribuídos a extremistas islâmicos,
incluindo o de 12 de outubro em
Bali, pois aparentemente não tiveram tido ocidentais como alvo.
Novo refúgio
Um jornal indiano afirmou no
mês passado que as agências de
inteligência de Nova Déli acreditavam que o egípcio Ayman al Zawahiri, tido como o braço direito
de Bin Laden, estivesse escondido
em Bangladesh. Dacca nega.
O diário "Hindustan Times" citou um relatório da inteligência
que apontava Bangladesh, país vizinho à Índia, como o novo refúgio da Al Qaeda e que dizia que
Zawahiri estava no país desde setembro deste ano.
Em novembro, Bangladesh disse que estava investigando a existência de 99 campos de treinamento de grupos rebeldes indianos em seu território. "Uma lista
de 99 campos de grupos rebeldes
dos Estados do nordeste indiano
está sendo investigada, e o resultado será encaminhado à Índia",
disse o chanceler de Bangladesh,
Shamsher M. Chowdhury.
Bangladesh, que divide 4.000
km de fronteira com a Índia, sempre negou a presença de grupos
rebeldes indianos em seu território.
Com agências internacionais
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