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Crise reduz a atividade sexual no país
DE BUENOS AIRES
A crise econômica que praticamente dobrou a taxa de suicídio
de jovens argentinos na última
década também causou efeitos
negativos entre os adultos, principalmente no casamento.
Segundo pesquisa do instituto
Kanon Tower, especializado em
relações familiares, 67% dos homens e mulheres argentinos reduziram sua atividade sexual.
Outros sintomas estão no comércio. A venda de produtos eróticos ou de preservativos caiu 30%
no começo deste ano, enquanto o
faturamento dos motéis recuou
até 40%, segundo dados das associações desses setores.
A crise gerou um "cinturão de
castidade". "Há a moratória sexual. Trata-se de mais uma contenção da classe média", disse o
médico e sexólogo Carlos Kusneczoff. Segundo ele, consultas
por problemas sexuais subiram
30% em 2001 no Hospital das Clínicas de Buenos Aires.
Para a sexóloga Adriana Arias,
os homens levam a pior na crise
"porque associam poder econômico a virilidade sexual". Por isso,
quando ficam desempregados, se
deprimem e vivem um processo
de "desmasculinização".
A relação entre situação econômica e saúde também foi admitida pelo ministro Ginés González
García (Saúde), para quem "a
saúde depende não só do estilo de
vida [má alimentação, uso de drogas", mas dos destinos de vida [a
pobreza da população de um país
em crise"."
(JS)
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