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EUA investem no aumento das Forças Armadas afegãs
Cabul pede contribuição dos membros da Otan para plano militar bilionário
Contingente afegão pode passar a 122 mil até 2014; em resposta à violência, EUA querem ainda unir comando de seus soldados no país
Shah Marai/France Presse
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Soldados italianos da força da Otan em cerimônia em Cabul
DA REDAÇÃO
O secretário de Defesa americano, Robert Gates, endossou
um plano multibilionário de
expansão de Exército afegão,
que deve custar, em cinco anos,
US$ 17 bilhões. Cabul quer seu
contingente militar seja de 122
mil homens em 2014 -quase o
dobro do número atual.
Segundo Ashraf Haidari,
conselheiro da Embaixada do
Afeganistão em Washington,
"não falta consenso [sobre a expansão] e sim recursos". O
Exército afegão conta hoje com
cerca de 65 mil homens e está
previsto que o contingente chegue a 80 mil até o final do próximo ano -o aumento é considerado insuficiente para manter
sob controle o país, caso as tropas estrangeiras se retirem.
Sete anos após a invasão
americana que derrubou o regime do Taleban, a insurgência
continua ativa. A média mensal
de americanos mortos no Afeganistão já supera a das baixas
no Iraque.
Neste ano, 2.500 pessoas, incluindo pelo menos mil civis,
foram mortas em conflitos no
Afeganistão. No mais recente
incidente envolvendo as forças
da Otan, soldados estrangeiros
mataram quatro mulheres e
um criança durante ação contra insurgentes, anteontem, na
Província central de Ghazni.
Washington espera que parte
dos recursos para a expansão
do Exército do Afeganistão venha dos seus parceiros da Otan,
a aliança militar ocidental.
O ministro da Defesa afegão,
general Abdul Wardak, escreveu em julho aos homólogos
dos países-membros da coalizão, pedindo apoio para expandir, treinar e equipar as Forças
Armadas.
Tanto o candidato republicano John McCain quanto o democrata Barack Obama defendem o aumento do contingente
no Afeganistão. O Pentágono
prevê o envio de 10 mil homens
até 2009 e tem insistido para
que os aliados europeus também mandem mais militares.
Os EUA têm 34 mil soldados
no país, parte deles fora da bandeira da Otan, que mantém
mais de 50 mil homens em território afegão. O Pentágono
planeja reestruturar sua cúpula
militar no Afeganistão e deve
anunciar, em breve, a unificação do comando da Otan e da
missão americana independente. David McKiernan, general que lidera a força da Otan,
deve assumir também a "Operação Liberdade Duradoura".
Com o "Financial Times" e agências internacionais
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