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IRAQUE OCUPADO
EUA lançam ofensiva militar na região de Tikrit; mais 2 soldados americanos são mortos em emboscada
Cruz Vermelha abandona Bagdá e Basra
DA REDAÇÃO
O Comitê Internacional da
Cruz Vermelha (CICV) anunciou
ontem que decidira fechar seus
escritórios em Bagdá e Basra, no
Iraque, devido a preocupações
com a segurança. O anúncio foi
feito no mesmo dia em que os
EUA perderam mais dois soldados em ataques e lançaram uma
operação militar na cidade de Tikrit em resposta à derrubada de
um helicóptero na sexta.
"Estamos fechando temporariamente nossos escritórios em
Bagdá e Basra", disse Florian
Westphal, porta-voz da organização que tem sua base na Suíça.
"Ainda estamos discutindo o que
fazer com o nosso pessoal estrangeiro. A situação é extremamente
perigosa e volátil", acrescentou.
A explosão de um carro-bomba
no QG do CICV, no mês passado,
matou 12 pessoas e levantou dúvidas quanto à capacidade das forças de ocupação de garantir segurança no Iraque.
Westphal confirmou reportagem publicada pelo jornal suíço
"Tages-Anzeiger" na qual o presidente do CICV, Jakob Kellenberger, diz que o grupo decidiu que
não operaria sob proteção militar.
Segundo Kellenberger, isso seria
incompatível com o conceito de
ação humanitária independente.
"Mas continuaremos presentes
no norte do Iraque", disse Westphal. O CICV já teve cerca de 30
estrangeiros e 600 iraquianos
operando no país. Depois do ataque, o pessoal foi reduzido. Foi o
primeiro atentado sofrido pelo
CICV em 140 anos de história.
Em Tikrit, aviões e veículos
blindados norte-americanos participaram de uma ofensiva contra
supostos esconderijos de guerrilheiros, depois que seis soldados
dos EUA foram mortos na derrubada de um helicóptero Black
Hawk na sexta-feira. Tikrit é a cidade natal de Saddam Hussein e
um dos principais núcleos de resistência aos EUA.
Novas baixas
Em Fallujah, a oeste de Bagdá,
dois soldados dos EUA foram
mortos ontem e um terceiro ficou
ferido depois que uma bomba explodiu quando o veículo em que
se encontravam passava. Desde
que George W. Bush decretou o
fim das principais operações de
combate, em 1º de maio, pelo menos 149 soldados dos EUA morreram em ações hostis no Iraque.
Em Teerã, o influente aiatolá Ali
Meshkini negou que os iraquianos que atacam tropas americanas sejam terroristas. "Pessoas
que usam bombas contra os EUA
não são terroristas porque estão
defendendo suas vidas e propriedades contra ladrões", disse.
O tenente-coronel Steve Russell
da 4ª Divisão de Infantaria, baseada em Tikrit, confirmou ontem
que o Black Hawk foi derrubado
por guerrilheiros.
Segundo o major Josslyn Aberle, também da 4ª Divisão de Infantaria, a ação em Tikrit foi uma
"demonstração de força". Comunicado do Exército dos EUA informa que os ataques fazem parte
da Operação Ciclone de Heras,
concebida para caçar membros
da resistência na área de Tikrit.
Segundo o texto, a operação já resultou em 16 prisões e provocou a
morte de cinco pessoas.
Os EUA também informaram
que conseguiram capturar um
dos ex-guarda-costas de Saddam
Hussein. Ele teria sido apanhado
ao sul de Kirkuk.
Com agências internacionais
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