|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
EUA ajudarão a proteger oleoduto no norte do país
DA REDAÇÃO
Os EUA aumentarão sua
presença na Colômbia a partir de janeiro, quando cerca
de cem soldados das forças
especiais americanas desembarcarão no país para
treinar os soldados locais para proteger o principal oleoduto do país, Caño Limón-Coveñas, alvo constante de
ataques guerrilheiros.
O treinamento faz parte de
um pacote aprovado em julho pelo Congresso americano, que prevê US$ 6 milhões
para a proteção do oleoduto,
administrado pela multinacional americana Occidental
Petroleum (Oxy). Outros
US$ 88 milhões de ajuda estão à espera de aprovação.
A Colômbia é o terceiro
maior produtor de petróleo
da América Latina, atrás de
México e Venezuela.
Desde sua inauguração, na
década de 80, o oleoduto sofreu 933 atentados -cerca
de 200 deles só nos últimos
dois anos. Segundo a estatal
petrolífera Ecopetrol, só no
ano passado os ataques significaram um prejuízo de
US$ 500 milhões ao país, por
causa do petróleo que deixou de ser vendido.
Muitas das áreas pelas
quais passa o oleoduto, de
1.170 km (pouco mais que a
distância entre São Paulo e
Porto Alegre), são controladas por grupos guerrilheiros
ou paramilitares.
O governo do ex-presidente Andrés Pastrana já havia
reforçado a segurança do
Caño Limón-Coveñas no
início do ano. Desde então,
já foram presas 56 pessoas
que tentavam colocar bombas no local -nos 15 anos
anteriores, somente duas
pessoas haviam sido presas.
Para o analista político Alfredo Rangel, ex-consultor
do Ministério da Defesa, a
chegada dos soldados americanos não significa uma
mudança na posição dos
EUA em relação à Colômbia.
"O governo americano já
vinha demonstrando um interesse crescente em apoiar a
luta contra a guerrilha, com
cuidado especial para a infra-estrutura do país, alvo
frequente dos rebeldes", diz.
Além dos ataques a bomba
contra o oleoduto, vêm crescendo nos últimos tempos
os casos de roubo de petróleo e combustíveis por parte
dos grupos armados. O crime já é, ao lado dos sequestros e do narcotráfico, uma
das principais fontes de financiamento das ações de
guerrilhas e paramilitares.
No final de setembro, o governo colombiano emitiu
um decreto -com base no
estado de exceção- que aumenta as penas para os autores de roubo e contrabando
de petróleo e derivados, numa tentativa de coibir sua
ocorrência.
(RW)
Texto Anterior: Decretos autorizam prisões sem mandado Próximo Texto: Panorâmica - Reino Unido: Casamento de Diana nunca teve chance, diz mordomo Índice
|