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Bush promete bater "inimigos da democracia"
DA REDAÇÃO
O presidente dos EUA, George W. Bush, disse ontem que a
coalizão liderada pelo país vai
derrotar os "inimigos da democracia" no Iraque. No mesmo dia, aliados dos EUA tentaram demonstrar otimismo
diante da crescente desestabilização iraquiana.
Bush defendeu o calendário
da transição, que prevê a transferência de soberania a um governo iraquiano interino no dia
30 de junho, a despeito do caos
no país. Segundo ele, os insurgentes "não vão ditar o curso
dos eventos no Iraque".
O presidente americano prometeu também apoiar a administração interina iraquiana,
política e militarmente, até as
eleições, previstas para o final
de 2005.
As declarações de Bush coincidem com um aumento das
pressões internas em relação a
seu trabalho no Iraque. Pesquisa CNN/"Time" divulgada anteontem mostra que o apoio ao
presidente nessa questão caiu
de 51% em março para 44%
agora. Além disso, cresce no
Congresso americano o debate
sobre se a estratégia dos EUA
pode provocar uma guerra civil
no Iraque.
Em Londres, o ministro da
Defesa britânico, Geoff Hoon,
disse que a vida no Iraque, um
ano depois da queda do ex-ditador Saddam Hussein, está
"sensivelmente melhor". "De
um modo geral, há de fato um
considerável progresso na reconstrução do Iraque", declarou o ministro à BBC.
Hoon também defendeu a estratégia dos EUA contra os insurgentes sunitas e contra a rebelião xiita. "Admito que deveríamos ter feito mais em relação à segurança, mas não vamos ficar sentados e permitir
que extremistas e terroristas
ataquem e matem não apenas
as forças da coalizão, mas também os próprios iraquianos
que tentam reconstruir seu
país."
"Princípios de civilização"
Outro aliado de primeira hora de Bush, o premiê italiano,
Silvio Berlusconi, fez ontem
uma visita de surpresa aos cerca de 2.900 soldados de seu país
no Iraque. "Estamos orgulhosos de vocês, não apenas porque estão fazendo bem a este
país, auxiliando-o no seu desenvolvimento econômico e
sociopolítico, mas também
porque vocês estão aqui para
fazer algo mais importante:
mostrar que a Itália é uma nação capaz de levar princípios de
civilização ao mundo", discursou Berlusconi aos soldados.
Com agências internacionais
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