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ORIENTE MÉDIO
Secretário dos EUA discute futuro da região com Sharon e Mazen
Plano de paz é controverso, diz Powell
DA REDAÇÃO
Pouco antes de iniciar as negociações com os premiês israelense
e palestino, o secretário americano de Estado, Colin Powell, admitiu ontem que o plano de paz proposto para a região pelos EUA,
pela União Européia, pela ONU e
pela Rússia é controverso, mas
exortou que ele seja posto em prática rapidamente.
"O roteiro é controverso. Há
elementos que uma parte ou outra pode não gostar. [Mas" precisamos começar e não entrar em
um longo debate", declarou Powell pouco antes de desembarcar
em Tel Aviv. "Sabemos o que tem
de ser feito no início do processo.
Então, vamos fazê-lo."
Mais tarde, já em Jerusalém, o
secretário repetiu a declaração,
enfatizando a dificuldade do processo e argumentando que "já há
consenso o suficiente para seguir
com o plano".
A proposta de paz consiste em
um roteiro em três etapas, que se
estende até 2005, para encerrar os
31 meses de ataques recíprocos na
região que já mataram pelo menos 2.045 palestinos e 737 israelenses. Entre os principais pontos,
estão a repressão de ataques terroristas contra Israel e a criação
oficial de um Estado palestino.
Powell, que se reuniu ontem
com o chanceler de Israel, Silvan
Shalom, negou-se a falar das expectativas para os encontros de
hoje com o premiê israelense,
Ariel Sharon, e com o recém-empossado premiê palestino, Abu
Mazen. A reunião com Mazen foi
transferida de Ramallah para Jericó (ambas na Cisjordânia) para
evitar prováveis protestos contra
a decisão de Powell de não encontrar o presidente da Autoridade
Nacional Palestina, Iasser Arafat.
Metas econômicas
Outro ponto que pode ser debatido é a proposta do presidente
americano, George W. Bush, de
negociar acordos comerciais com
os países árabes, anunciada na
sexta-feira. O governo dos EUA
acena com a possibilidade de retirar as barreiras comerciais para o
Oriente Médio em dez anos.
Como condições, os EUA pedem o combate ao terrorismo, a
redução de barreiras para companhias americanas que queiram
operar em países árabes, e o fim
dos boicotes comerciais a Israel.
Após a viagem pela região
-que prevê reuniões com o presidente do Egito, Hosni Mubarak,
com o rei Abdullah 2º, da Jordânia, e com o príncipe saudita Abdullah-, Powell irá à Rússia.
Com agências internacionais
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