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São Paulo, domingo, 11 de maio de 2003

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ORIENTE MÉDIO

Secretário dos EUA discute futuro da região com Sharon e Mazen

Plano de paz é controverso, diz Powell

DA REDAÇÃO

Pouco antes de iniciar as negociações com os premiês israelense e palestino, o secretário americano de Estado, Colin Powell, admitiu ontem que o plano de paz proposto para a região pelos EUA, pela União Européia, pela ONU e pela Rússia é controverso, mas exortou que ele seja posto em prática rapidamente.
"O roteiro é controverso. Há elementos que uma parte ou outra pode não gostar. [Mas" precisamos começar e não entrar em um longo debate", declarou Powell pouco antes de desembarcar em Tel Aviv. "Sabemos o que tem de ser feito no início do processo. Então, vamos fazê-lo."
Mais tarde, já em Jerusalém, o secretário repetiu a declaração, enfatizando a dificuldade do processo e argumentando que "já há consenso o suficiente para seguir com o plano".
A proposta de paz consiste em um roteiro em três etapas, que se estende até 2005, para encerrar os 31 meses de ataques recíprocos na região que já mataram pelo menos 2.045 palestinos e 737 israelenses. Entre os principais pontos, estão a repressão de ataques terroristas contra Israel e a criação oficial de um Estado palestino.
Powell, que se reuniu ontem com o chanceler de Israel, Silvan Shalom, negou-se a falar das expectativas para os encontros de hoje com o premiê israelense, Ariel Sharon, e com o recém-empossado premiê palestino, Abu Mazen. A reunião com Mazen foi transferida de Ramallah para Jericó (ambas na Cisjordânia) para evitar prováveis protestos contra a decisão de Powell de não encontrar o presidente da Autoridade Nacional Palestina, Iasser Arafat.

Metas econômicas
Outro ponto que pode ser debatido é a proposta do presidente americano, George W. Bush, de negociar acordos comerciais com os países árabes, anunciada na sexta-feira. O governo dos EUA acena com a possibilidade de retirar as barreiras comerciais para o Oriente Médio em dez anos.
Como condições, os EUA pedem o combate ao terrorismo, a redução de barreiras para companhias americanas que queiram operar em países árabes, e o fim dos boicotes comerciais a Israel.
Após a viagem pela região -que prevê reuniões com o presidente do Egito, Hosni Mubarak, com o rei Abdullah 2º, da Jordânia, e com o príncipe saudita Abdullah-, Powell irá à Rússia.


Com agências internacionais


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