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EUA já pensam em privatização de vários setores
DA REPORTAGEM LOCAL
Antes mesmo de resolvido o
futuro imediato da indústria de
petróleo do Iraque, o governo
norte-americano já esboça planos para a privatização de vários setores do país.
"Há recentes relatórios que
indicam que a administração
Bush começou, em fevereiro, a
rascunhar planos para uma
ampla privatização das indústrias iraquianas, não apenas no
setor do petróleo", diz Michael
Renner, especialista do WorldWatch Institute nos EUA.
Mas, para Gerald Butt, editor
da "Mees", essa hipótese conta
com forte oposição dentro do
Iraque. Ele acredita que os demais países do Oriente Médio,
cujas indústrias de petróleo são
todas estatais, também se oponham a pressões mais fortes
por privatização no Iraque:
"Esses assuntos só serão resolvidos mesmo no longo prazo".
Mesmo que continue estatal,
a indústria petrolífera do Iraque precisará de bilionários investimentos privados para ser
recuperada e desenvolvida.
A aposta de especialistas é
que as empresas norte-americanas serão as grandes beneficiadas nesse processo.
"Mesmo depois de instalado
um governo legítimo iraquiano, os EUA continuarão a ter
forte ingerência no país. As empresas norte-americanas se beneficiarão disso", diz Valerie
Marcel do RIIA.
O problema é que Saddam
Hussein negociou contratos
para a produção compartilhada de petróleo com diversas
empresas estrangeiras. Chegou
a fechar acordo com cinco
companhias, como a russa Lukoil e a chinesa CNPC, que provavelmente serão mantidos.
Às demais empresas, segundo Marcel, restará a alternativa
de formar joint ventures com
companhias norte-americanas
para investir no Iraque.
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