|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
Milícia opositora ocupa prédios públicos saqueados na terça-feira em Santa Cruz
DA REDAÇÃO
Manifestantes anti-Morales
mantinham ocupados ontem
os prédios públicos invadidos
em Santa Cruz na terça, após
recuo dos militares. O ministro
de governo, Alfredo Rada, disse
que os ataques foram iniciados
horas antes de o líder do Comitê Cívico local, Branko Marinkovic, retornar dos EUA, segundo a rádio Erbol.
Tanto a oficial ABI (Agência
Boliviana de Informação)
quanto o jornal "La Razón" dizem que os direitistas radicais
da UJC (União Juvenil Cruzenha) levaram em torno de cinco
horas para, por volta das 15h da
terça, fazer o Exército recuar e
invadir a sede do SIN (Serviço
de Impostos Nacionais) armados de paus, pedras e barras de
ferro, apesar das bombas de gás
lacrimogêneo.
Imagens de televisões locais
mostraram militares, desautorizados por La Paz a recorrer a
armas de fogo, fugindo dos manifestantes e deixando para
trás cassetetes, escudos, armento não-utilizado e até mesmo uma moto, depois incendiada. Segundo relatos, após invadirem o prédio, os "unionistas"
quebraram equipamentos e
queimaram pilhas de papéis.
Meia hora depois, o INRA
(Instituto Nacional de Reforma
Agrária) foi tomado. Novamente, documentos e computadores foram levados à rua e queimados, segundo o "La Razón".
Na seqüência, o prédio da Entel
(Empresa Nacional de Telecomunicações) foi invadido, causando prejuízo de R$ 5 milhões,
segundo a empresa.
A rádio oficial Patria Nueva e
a emissora Televisión Boliviana também foram saqueadas,
segundo o "La Razón". Às 17h,
foi a vez do Cejis (Centro de Estudos Jurídicos e Investigações
Sociais), origem de alguns dos
ministros de Morales. À noite,
o prédio da Migração foi ocupado pacificamente e o acesso ao
aeroporto de Viru Viru, o principal do país, interditado.
Em resposta, movimentos
pró-Morales deram início ontem a um bloqueio às principais
rotas de acesso a Santa Cruz,
inclusive a que liga a cidade a
Cochabamba e La Paz. O objetivo é provocar o desabastecimento de alimentos e combustíveis. Dentro da cidade, o Plan
Tres Mil, reduto pró-La Paz, se
organizava para impedir ataques de opositores.
Com agências internacionais
Texto Anterior: OEA: Insulza se diz preocupado e elogia ação contida de La Paz Próximo Texto: Republicanos acusam Obama de sexismo Índice
|