São Paulo, terça-feira, 12 de agosto de 2008

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Rivais travam na mídia duelo de versões

DA REDAÇÃO

Não bastasse a complexidade dos fatores políticos e estratégicos envolvidos na disputa entre a Rússia e a Geórgia pela Ossétia do Sul, o conflito no Cáucaso transformou-se em palco para uma verdadeira guerra de versões envolvendo rivais, velados ou nem tanto, de Moscou.
Ontem, o premiê russo, Vladimir Putin, acusou o Ocidente de confundir agressor com vítima e ironizou o apoio a Mikhail Saakashvili. Putin disse que o georgiano "eliminou dez vilas ossetianas da face da Terra", mas merece permanecer, ao contrário do ex-ditador iraquiano Saddam Hussein, "que teve que ser enforcado".
O Ministério das Relações Exteriores russo e agências de notícias do país manifestaram insatisfação com o que consideram uma cobertura parcial da imprensa ocidental, chegando a citar textualmente o jornal britânico "Financial Times".
Saakashvili defendeu-se dizendo que o conflito é uma tentativa orquestrada de aniquilação do seu governo democraticamente eleito, do que é prova a rapidez da atuação russa. Na disputa retórica, Tbilisi tem apoio, além dos EUA, de ex-aliados da URSS no Leste Europeu, como Polônia e República Tcheca.
Apesar do discurso russo, o premiê georgiano, Lado Gurguenidze, lamentou que os "sócios ocidentais" não intervenham "mais ativamente". A Geórgia acusa a Rússia de expandir o conflito além da Ossétia do Sul e atacar alvos civis em Gori e o aeroporto de Tbilisi.


Com agências internacionais


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