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Rivais travam na mídia duelo de versões
DA REDAÇÃO
Não bastasse a complexidade dos fatores políticos e estratégicos envolvidos na disputa entre a
Rússia e a Geórgia pela Ossétia do Sul, o conflito no
Cáucaso transformou-se
em palco para uma verdadeira guerra de versões
envolvendo rivais, velados
ou nem tanto, de Moscou.
Ontem, o premiê russo,
Vladimir Putin, acusou o
Ocidente de confundir
agressor com vítima e ironizou o apoio a Mikhail
Saakashvili. Putin disse
que o georgiano "eliminou
dez vilas ossetianas da face
da Terra", mas merece
permanecer, ao contrário
do ex-ditador iraquiano
Saddam Hussein, "que teve que ser enforcado".
O Ministério das Relações Exteriores russo e
agências de notícias do
país manifestaram insatisfação com o que consideram uma cobertura parcial da imprensa ocidental,
chegando a citar textualmente o jornal britânico
"Financial Times".
Saakashvili defendeu-se
dizendo que o conflito é
uma tentativa orquestrada
de aniquilação do seu governo democraticamente
eleito, do que é prova a rapidez da atuação russa. Na
disputa retórica, Tbilisi
tem apoio, além dos EUA,
de ex-aliados da URSS no
Leste Europeu, como Polônia e República Tcheca.
Apesar do discurso russo, o premiê georgiano,
Lado Gurguenidze, lamentou que os "sócios ocidentais" não intervenham
"mais ativamente". A
Geórgia acusa a Rússia de
expandir o conflito além
da Ossétia do Sul e atacar
alvos civis em Gori e o aeroporto de Tbilisi.
Com agências internacionais
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