São Paulo, domingo, 13 de abril de 2003 |
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TENSÃO Iraquianos pressionam os EUA a pôr ordem em Bagdá
Onda de saques leva moradores da capital iraquiana a cobrar ação das forças invasoras
SÉRGIO DÁVILA ENVIADO ESPECIAL A BAGDÁ Diante da onda de saques e depredações que se seguiu à queda do regime de Saddam Hussein, moradores de Bagdá começaram a pressionar os militares americanos para que restabeleçam a ordem na capital iraquiana. "Nós queremos um novo governo o mais rápido possível para garantir segurança e paz", dizia uma faixa carregada durante um protesto diante do hotel Palestine, no centro da cidade. Ao norte de Bagdá, as forças da coalizão anglo-americana intensificaram o cerco a Tikrit, cidade natal do ex-ditador, onde estariam se concentrando os últimos bolsões de resistência. O comando militar dos EUA, porém, disse que a tomada de Tikrit não significará o fim da guerra. A campanha na região ganhou o reforço da 4ª Divisão de Infantaria, a chamada "divisão digital", por dispor dos mais modernos equipamentos militares do Exército americano. Seus soldados, em torno de 30 mil, começaram a entrar no Iraque pelo Kuait. A rede de TV alemã ZDF disse ontem que o general Amer Hammoudi al Saadi, um dos principais assessores de Saddam, se entregou às forças americanas, em Bagdá. Se confirmada a informação, será o primeiro integrante do alto escalão do antigo regime iraquiano a se render. Segundo a emissora alemã, Al Saadi disse não saber onde está Saddam. Em Kirkuk, no norte do Iraque, os peshmergas (guerrilheiros curdos) cederam ontem o controle da cidade às tropas americanas, mas parte deles ainda permanecia no local, mesmo após seus líderes terem dito que a retirada seria concluída nas últimas horas. Próximo Texto: Bagdá vira cidade dos mortos-vivos Índice |
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