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IRAQUE OCUPADO
Vice-chanceler morre em atentado em Bagdá, o primeiro a vitimar membro do novo governo interino
Comandante dos EUA no Iraque autorizou tortura, diz jornal
DA REDAÇÃO
O comandante das tropas dos
EUA no Iraque, general Ricardo
Sánchez, autorizou oficiais de
uma prisão em Bagdá a submeter
os detentos a temperaturas baixas, a dietas de pão e água e a manipular suas horas de sono. A informação foi revelada ontem pelo
diário "Washington Post".
Atiradores não-identificados
mataram ontem o vice-chanceler
do Iraque Bassam Qubba, um dos
diplomatas mais experientes do
país, quando ele deixava sua casa,
em Bagdá, para trabalhar no distrito sunita de Adhamiya, na capital iraquiana.
Foi a primeira morte de uma figura de destaque do governo interino iraquiano, que assumiu em
1º de junho último e deverá receber a soberania sobre o Iraque das
mãos dos americanos no próximo dia 30.
Segundo documentos obtidos
pelo "Post", o general Sánchez
aplicou no Iraque técnicas de elevada pressão sobre os prisioneiros semelhantes às já utilizadas no
centro de detenção da base militar
dos EUA em Guantánamo (Cuba), destinado a suspeitos de ligação com o terrorismo.
O general americano teria dado
amplo poder de decisão aos oficiais responsáveis pela prisão de
Abu Ghraib, perto de Bagdá, para
a aplicação dos métodos.
Os documentos trazem detalhes
sobre as técnicas de interrogatório autorizadas por Sánchez em
setembro de 2003. Segundo o
"Post", os responsáveis por Abu
Ghraib poderiam decidir por sua
aplicação sem antes precisar consultar alguma alta autoridade do
Exército ou da administração
americana no Iraque.
Ontem, o porta-voz das forças
americanas Mark Kimmitt disse
que os EUA devem soltar amanhã
outros 650 prisioneiros da prisão
de Abu Ghraib.
Mais violência
Após o atentado de ontem contra o vice-chanceler iraquiano,
autoridades dos EUA em Bagdá
disseram que os insurgentes iraquianos tentarão aumentar os
ataques contra alvos americanos e
iraquianos vistos como aliados
dos EUA nas próximas semanas.
O objetivo, segundo os americanos, seria dificultar a transferência de soberania e minar a credibilidade do governo interino.
Com agências internacionais
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