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Cenário para eleição de março ainda é incerto
DE BUENOS AIRES
A eleição presidencial argentina
de março se aproxima e, ao contrário do que se esperava, o cenário político no país parece cada
vez mais indefinido.
A duas semanas do término do
prazo para inscrições, nenhum
dos presidenciáveis definiu o candidato a vice que o acompanhará
na disputa. Além disso, a apenas
cinco meses da eleição, nenhum
dos grandes partidos do país conseguiu formar alianças para aumentar suas chances.
O maior fator de incertezas, porém, é que a própria fórmula para
a escolha dos candidatos que representarão os partidos nas eleições ainda não foi definida. Uma
primeira fórmula foi estabelecida
pelo presidente Eduardo Duhalde
em julho, mas, no final de agosto,
foi alterada por determinação judicial. A Justiça voltou a declarar
que essas regras eram inconstitucionais na semana passada.
A juíza federal Maria Servini de
Cubría, autora da sentença, considerou que os próprios partidos, e
não Duhalde, tinham o direito de
estabelecer como seriam as eleições prévias para a escolha dos
candidatos. Por isso, ela determinou que cada partido criasse sua
própria fórmula, o que deve acontecer ainda nesta semana.
A expectativa é que os dois principais partidos do país -o Partido Justicialista e a União Cívica
Radical- mantenham as regras
estabelecidas por Duhalde e realizem no dia 15 de dezembro uma
eleição para a escolha dos candidatos em que poderão votar seus
próprios filiados e os eleitores que
não militam em nenhum partido.
Depois de confirmadas essas regras, espera-se que os peronistas
Adolfo Rodríguez Saá e Néstor
Kirchner -dois dos pré-candidatos peronistas que encabeçam
as pesquisas de intenção de voto- definam se vão concorrer
pelo partido ou se fundarão outra
legenda para tentar chegar à Presidência.
(JS)
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