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Sarkozy faz apelo por unidade que toma o exemplo da Europa
DA REDAÇÃO
Ao abrir ontem em Paris a
reunião da União do Mediterrâneo, que reuniu 43 governantes da Europa, do Oriente Médio e da África do Norte, o presidente da França, Nicolas Sarkozy, lançou um apelo para que
seus convidados seguissem o
exemplo da União Européia.
"Construiremos juntos a paz
no Mediterrâneo, como há
anos construímos a paz na Europa", afirmou.
Foi a primeira vez que um
encontro, fora da ONU, reuniu
em torno da mesma mesa governantes de países com velhas
pendências, como Grécia e
Turquia ou Israel e Síria.
"Se estamos aqui reunidos é
porque não queremos ser apenas vizinhos, mas também parceiros", disse o presidente francês no Grand Palais, na margem direita do Sena.
A idéia de uma União do Mediterrâneo foi lançada por Sarkozy na noite de sua eleição como presidente. Deu na época a
entender que seria o foro coletivo próprio à Turquia -""que é
um país asiático e não um país
europeu", e por isso não poderia entrar na União Européia.
Sarkozy reuniu-se ontem pela manhã com o premiê turco,
Recep Tayyip Erdogan, tranqüilizando-o. Erdogan hesitou
em participar da conferência,
por acreditar que enfraqueceria seu plano de ingresso na UE.
Analistas acreditam que o
projeto francês de União do
Mediterrâneo tomou densidade na medida em que os EUA,
debilitados pela Guerra do Iraque, concentraram seu foco em
pontos mundiais com tensões
mais agudas, como o programa
nuclear do Irã e a deterioração
da situação do Afeganistão.
Em comunicado final do encontro, os participantes se
comprometem a construir "um
Oriente Médio verificadamente livre de armas de destruição
em massa". A principal delas, a
bomba atômica, inclui-se no arsenal que Israel não admite publicamente possuir. A Síria
tampouco admite armazenar
armas químicas. Mas a declaração tem como endereço o regime islâmico do Irã, que não é
banhado pelo Mediterrâneo e
por isso não estava presente.
Com agências internacionais
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