|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
Líbano e Síria firmam relação diplomática
Visita de presidente libanês a Damasco foi precedida pela morte de 18 em atentado a bomba em Trípoli
DA REDAÇÃO
O presidente do Líbano e o
ditador da Síria concordaram
ontem em estabelecer relações
diplomáticas em nível de embaixadores pela primeira vez
desde a independência, na década de 40. Não foram fixados
prazos para a abertura de embaixadas na visita do libanês
Michel Suleiman ao sírio Bashar al Assad, em Damasco.
Sob os acordos de Taif (1989),
que encerraram 15 anos de
guerra civil, o Exército sírio
ocupou o Líbano até 2005.
Horas antes de Suleiman
partir em viagem, uma bomba
detonada por controle-remoto
matou ao menos 18 pessoas
-incluindo dez soldados-
num ônibus em Trípoli, segunda maior cidade do Líbano.
Não há sinal de relação entre
o ataque, o mais sangrento desde 2005, e o encontro. O país foi
palco, nos últimos anos, de uma
série de atentados políticos -a
Síria é acusada de estar por trás
de parte deles, como o que matou o premiê Rafik Hariri e precipitou a saída de suas tropas.
A suspeita de autoria do
atentado, diz a Associated
Press, recai sobre o Fatah al Islam, grupo militante sunita inspirado na Al Qaeda, expulso em
2007 de um campo de refugiados palestinos nas redondezas
de Trípoli por militares libaneses. Seu líder, Shaker Youssef al
Absi, e quatro militantes haviam sido acusados formalmente em março da explosão
de dois ônibus no ano passado.
Segundo o Exército libanês, a
explosão de ontem foi um ataque terrorista contra suas forças. O ônibus vinha de Akkar,
onde moram muitos militares.
Já para o presidente do Parlamento libanês, Nabih Berri, o
momento em que aconteceu a
explosão indica uma intenção
de "evitar a reparação das relações entre Líbano e Síria".
O atentado ocorreu um dia
após o Parlamento dar voto de
confiança ao governo de unidade nacional, que reúne aliados
do premiê pró-Ocidente Fuad
Siniora e o Hizbollah, misto de
milícia islâmica e partido.
O governo foi eleito após
acordo de paz assinado em Doha, mediado por Qatar, que pôs
fim a uma grave crise política.
Com agências internacionais
Texto Anterior: Ásia: Líder de Khmer Vermelho vira réu no Camboja Próximo Texto: Opositores aceitam retomar diálogo com Morales na Bolívia Índice
|